Quinta-feira, 29 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 26 de maio de 2025
Cauã Reymond, que está no ar como o César do remake de “Vale Tudo”, na Globo, decidiu não renovar seu contrato de publicidade com a Bateubet, casa de aposta da qual fazia propaganda desde o ano passado. O acordo lhe rendeu R$ 22 milhões nos 12 meses em que esteve em vigor.
O ator não aceitou proposta para continuar como garoto-propaganda da marca. O encerramento do vínculo ocorreu recentemente.
Todos os registros de propaganda da Bateubet com o rosto e com a imagem de Cauã foram retirados das contas oficiais do ator nas redes sociais. O mesmo aconteceu no site oficial da empresa. Além do encerramento contratual, o ator orientou sua equipe a não aceitar mais propostas de casas de apostas que tenham interesse em sua imagem.
A não renovação do vínculo chamou a atenção nos bastidores, já que Cauã era considerados amigo de Thales Janguiê Diniz, um dos sócios da Bateubet. Em março, por exemplo, o ator esteve na festa de aniversário do empresário.
Cauã confirmou por meio de sua assessoria de imprensa o fim de acordo com a Bateubet e que não fará mais propaganda para bets. A Bateubet segue com o ex-jogador Grafite, comentarista de futebol na Globo, como garoto-propaganda. Outros investimentos no mercado de influenciadores também seguem normalmente.
Infância difícil
O ator emocionou o público do programa Altas Horas, no último sábado (24), ao abrir o coração sobre sua infância marcada por desafios. Conhecido atualmente pelo sucesso nas novelas e por sua carreira consolidada, ele contou que a vida no passado foi bem diferente do que muitos imaginam.
Durante a entrevista, Cauã compartilhou que enfrentou bullying na infância, conviveu com dificuldades familiares e, por muito tempo, sentiu-se sem apoio emocional. “Eu sofri muito bullying, minha mãe era HIV positivo, minha avó adotou minha mãe, era mãe solteira e deficiente física. Minha tia, que também foi adotada, era esquizofrênica. Eu sofria muito bullying na rua porque meu pai morava em Santa Catarina, então não tinha ali uma figura masculina”, contou.
“Uma coisa que eu senti em relação ao bullying é que às vezes chegava em casa e eu não tinha ninguém para falar, eu tinha vergonha, minha mãe estava correndo atrás da vida, foi mãe muito nova, então eu não falava para ninguém”, completou.
Foi através do esporte, especialmente o jiu-jítsu, que Cauã começou a transformar sua vida. “Eu entrei no jiu-jítsu de 14 para 15 anos e comecei a encontrar uma forma de defesa, de autoestima, de autoconfiança.” Hoje, ele reconhece que todas essas vivências difíceis o ajudaram a se tornar o ator sensível e comprometido que é. (Com informações da Folha de S. Paulo e do portal Terra)