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Alceu Moreira O novo ciclo da mineração gaúcha: oportunidade estratégica para o Brasil

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"A mineração também precisa ser vista além da extração."

Foto: Ag. Câmara
"A mineração também precisa ser vista além da extração." (Foto: Ag. Câmara)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

O setor mineral do Rio Grande do Sul vive um novo ciclo. Impulsionado por investimentos crescentes, tecnologias inovadoras e um debate mais qualificado sobre seus impactos socioambientais, a mineração gaúcha desponta como vetor estratégico para o desenvolvimento regional e nacional. Este é um momento decisivo que exige visão de futuro e compromisso com um modelo sustentável.

Assim como o agronegócio evoluiu para ser reconhecido como uma cadeia integrada — que abrange logística, ciência, tecnologia e indústria —, a mineração também precisa ser vista além da extração. Fertilizantes, agregados, máquinas, transição energética e inovação compõem um ecossistema mineral que movimenta a economia brasileira e contribui para sua autonomia estratégica.
Embora os indicadores da atividade extrativa já sejam relevantes, eles representam apenas uma fração do que a indústria mineral oferece ao país. São mais de 9 mil fabricantes de máquinas e equipamentos no Brasil, muitos deles ligados diretamente à mineração. A maior concentração está em São Paulo, mas há polos importantes também em Minas Gerais, Bahia e, cada vez mais, no próprio Rio Grande do Sul. Fortalecer essa base industrial é garantir empregos qualificados, reduzir a dependência internacional e impulsionar a competitividade nacional.

Em municípios como Caçapava do Sul, Lavras do Sul e Dom Pedrito, novos empreendimentos minerários começam a transformar realidades locais. O setor gera renda, estimula a infraestrutura, movimenta o comércio e traz inovação para as regiões onde se instala. Mas esse avanço precisa vir acompanhado de responsabilidade e diálogo com a sociedade.

As enchentes históricas de 2024 reforçaram a urgência de incorporar resiliência às nossas infraestruturas, em um cenário cada vez mais impactado pelas mudanças climáticas. A mineração, nesse contexto, também precisa se reinventar: empresas já adotam inteligência artificial e Internet das Coisas (IoT) para tornar as operações mais seguras, limpas e eficientes.

Mesmo com o arquivamento da Mina Guaíba, o estado mantém sua relevância estratégica. O Rio Grande do Sul concentra 89% das reservas brasileiras de carvão mineral, com mais de 3 bilhões de toneladas in situ, além de uma produção anual de 31 milhões de toneladas de diversos minérios. O potencial existe — e precisa ser bem conduzido.

No Congresso Nacional, atuamos por meio da Frente Parlamentar da Mineração Sustentável (FPMin) para aprovar a Política Nacional de Minerais Críticos. Trata-se de um passo fundamental para garantir segurança na transição energética, reduzir a dependência de insumos importados e fomentar a produção nacional de fertilizantes. O Brasil não pode abrir mão da sua autonomia — e o Rio Grande do Sul pode ser protagonista nessa jornada.

O país precisa enxergar a mineração como parte da solução. É possível construir um modelo produtivo que una crescimento econômico, responsabilidade ambiental e inclusão social. Assim como o agronegócio aprendeu a comunicar sua força, a mineração também precisa assumir o protagonismo que lhe cabe.

Ver a indústria mineral como um ativo estratégico é o primeiro passo para que o Brasil — e o Rio Grande do Sul — explorem com responsabilidade toda a riqueza de seu subsolo.

(Deputado Federal Alceu Moreira – MDB-RS – Integrante da Frente Parlamentar da Mineração Sustentável – FPMin)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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