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Política “Dentro de dois anos a composição do Supremo pode estar diferente, e o Brasil ter no Palácio do Planalto um governo de direita; aí, o jogo pode mudar”, diz advogado de réu acusado de tentativa de golpe

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Advogados de defesa de réus da trama golpista apostam em pedido de revisão criminal. (Foto: Ton Molina/STF)

“Essa é uma maratona. Estamos plantando para o futuro. Por exemplo, dentro de dois anos a composição do Supremo pode estar diferente, e o Brasil ter no Palácio do Planalto um governo de direita. Aí, o jogo pode mudar.” A frase, dita por um dos advogados de réus acusados de liderar a trama golpista de 2022/2023, resume a estratégia jurídica silenciosa que está em curso nos bastidores do julgamento em curso no Supremo Tribunal Federal (STF).

Os advogados de defesa dos principais réus — ou seja, as defesas de Jair Bolsonaro, Braga Netto e outros nomes centrais do inquérito — jamais admitirão publicamente, mas nos bastidores sabem que a possibilidade de absolvição imediata é remota. Não veem a menor chance de que seus clientes escapem da prisão ao fim do julgamento no STF.

Por isso, algumas das perguntas feitas por esses advogados durante os interrogatórios de seus próprios clientes, assim como diversos questionamentos dirigidos ao delator Mauro Cid — como ocorreu na sessão de segunda-feira (9) — não tinham exatamente o objetivo de convencer os ministros agora. O foco é de mais longo prazo.

Qual é esse objetivo? Eles já estão se preparando para um “segundo tempo” jurídico. Em outras palavras, esses advogados planejam, desde já, entrar com um pedido de revisão criminal após a condenação definitiva, caso ela se concretize. Trata-se de um recurso jurídico que permite o reexame de uma sentença penal mesmo depois de transitada em julgado — inclusive quando a decisão é oriunda do próprio STF.

Uma das exigências para que esse recurso seja aceito é o surgimento de fato novo que possa colocar em dúvida a decisão anterior. E um desses possíveis fatos novos veio à tona com uma pergunta aparentemente trivial feita por Celso Vilardi, advogado de Bolsonaro, a Mauro Cid. Vilardi questionou se Cid havia feito “uso em algum momento para falar de delação de um perfil no Instagram que não está no nome dele” e insistiu: “Eu queria saber se ele nunca usou perfil de mídia social para falar com alguém”.

De acordo com a jornalista Malu Gaspar, do jornal O Globo, essa pergunta não foi aleatória. Há suspeitas de que Cid, enquanto prestava depoimentos no âmbito da delação premiada, manteve contato com outros envolvidos na trama golpista por meio de perfis de redes sociais registrados em nome de parentes ou pessoas de confiança.

Se confirmadas, essas circunstâncias poderiam ser usadas futuramente para tentar invalidar a delação de Cid e, por consequência, os desdobramentos dela — o que seria o primeiro passo para a tentativa de reverter as condenações. (Com informações do colunista Lauro Jardim no jornal O Globo).

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