Sexta-feira, 20 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 19 de junho de 2025
O levantamento considerou ao todo 20 itens tradicionalmente demandados durante as festividades juninas.
Foto: ReproduçãoConforme estudo realizado pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL POA), a inflação dos produtos típicos de São João apresentou deflação de 0,8% no acumulado de 12 meses até maio deste ano na Região Metropolitana da capital gaúcha.
O resultado, obtido através dos dados brutos do IPCA/IBGE, aponta para uma mudança de tendência em relação ao crescimento de + 3,9% verificado no mesmo período do ano passado.
Esse movimento é o oposto do verificado no índice local, que passou de + 3,8% para + 4,7%. Já no âmbito nacional, a cesta junina passou de + 5,7% para + 1,4%. O levantamento considerou ao todo 20 itens tradicionalmente demandados durante as festividades juninas:
– chocolate;
– leite condensado;
– ovo de galinha;
– vinho;
– refrigerante e água mineral (em casa);
– refrigerante e água mineral (fora de casa);
– salsicha;
– cerveja (em casa);
– cerveja (fora de casa);
– linguiça;
– queijo;
– bolo;
– açúcar refinado;
– farinha de trigo;
– açúcar cristal;
– leite longa vida;
– maçã;
– milho verde em conserva;
– arroz;
– batata inglesa.
Entre os produtos que mais pressionaram para cima o índice estão o chocolate em barra/bombom (+27,0%), refrigerante/água mineral no domicílio (+6,0%) e o ovo de galinha (+11,5%). No caso do chocolate, o aumento foi impulsionado pela valorização internacional do preço do cacau.
Já os ovos refletiram a queda de produtividade das aves, provocada pelo calor excessivo no último verão, e o crescimento das exportações para os Estados Unidos, que enfrentaram surtos de gripe aviária. Em contrapartida, as maiores quedas de preço vieram do arroz (-19,1%) e da batata-inglesa (-40,3%), ambos beneficiados pela ampliação da oferta.
“O movimento de desaceleração observado na cesta de São João contrasta com a trajetória do IPCA cheio, que segue pressionado por fatores como o mercado de trabalho aquecido, estímulos à demanda e desvalorização cambial”, analisa o economista-chefe da CDL POA, Oscar Frank.