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Saúde Maconha pode dobrar risco de morte por doença cardíaca, aponta novo estudo

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Pesquisadores analisaram 24 artigos publicados sobre o tema. (Foto: Unsplash)

Uma nova revisão de estudos publicada na revista científica Heart encontrou uma associação entre o consumo de maconha e um risco dobrado de morte por doença cardiovascular. Além disso, o trabalho observou um aumento significativo nas chances de um acidente vascular cerebral (AVC) ou uma síndrome coronariana aguda — redução ou bloqueio súbito do fluxo sanguíneo para o coração.

Os pesquisadores da Universidade de Toulouse, na França, analisaram 24 artigos, envolvendo cerca de 200 milhões de pessoas, publicados entre janeiro de 2016 e dezembro de 2023. A maioria dos participantes tinha entre 19 e 59 anos. Os resultados apontaram para uma chance 2,1 maior de uma morte cardíaca entre os usuários de Cannabis. Além disso, mostraram um aumento de 29% no risco de síndrome coronariana e de 20% no de AVC.

“Nossas descobertas são consistentes com as de revisões anteriores, que delinearam uma associação positiva entre o uso de Cannabis e os distúrbios cardiovasculares. A maior conscientização sobre esse risco potencial entre os usuários de Cannabis deve incentivar a investigação desse uso em todos os pacientes que apresentam distúrbios cardiovasculares graves”, escreveram os autores no artigo.

A nova análise não examinou a frequência com que as pessoas usavam maconha, apenas comparou as pessoas que já haviam consumido a droga com aquelas que nunca a utilizaram.

Em um editorial vinculado, publicado no mesmo periódico, Stanton Glantz e Lynn Silver, professores da Universidade da Califórnia em São Francisco (UCSF), nos Estados Unidos, afirmaram que a nova revisão conduzida pelos cientistas franceses “levanta sérias questões sobre a suposição de que a cannabis impõe pouco risco cardiovascular”.

Eles defendem ainda que mais estudos são necessários para entender se os riscos são restritos ao consumo inalado da cannabis ou se outras formas de exposição, como em alimentos, também elevam as chances de um desfecho cardíaco. “A cannabis precisa ser incorporada ao arcabouço de prevenção das doenças cardiovasculares clínicas”, escrevem.

Além disso, os especialistas argumentam que o assunto é importante especialmente em meio ao avanço de medidas de descriminalização e legalização da cannabis, cenário do estado americano onde vivem, a Califórnia. Para eles, a prevenção cardiovascular deve ser “incorporada à regulação dos mercados de Cannabis”.

“Os riscos cardiovasculares e outros riscos à saúde devem ser levados em conta na regulação do design dos produtos e das estratégias de marketing à medida que o corpo de evidências cresce. Hoje, essa regulação está focada no estabelecimento do mercado legal, com lamentável negligência na minimização dos riscos à saúde”, continuam.

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