Domingo, 29 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 28 de junho de 2025
Levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que nos três meses encerrados em maio houve a contratação de mais 1,207 milhão de trabalhadores. Com isso, a população ocupada no País chegou a 103,869 milhões de pessoas. E o emprego avançou majoritariamente em postos formais, levando a novos recordes no número de pessoas trabalhando com carteira assinada no setor privado e no trabalho por conta própria com CNPJ.
Esse movimento fez com que o total de desempregados diminuísse 8,6% em maio ante fevereiro (o equivalente a 644 mil pessoas) – no mês passado havia 6,828 milhões à procura de trabalho.
O rendimento médio de quem está trabalhando alcançou o recorde de R$ 3.457. Com a ocupação e a renda em alta, a massa de salários em circulação na economia renovou a máxima da série, chegando a R$ 354,605 bilhões no trimestre terminado em maio.
Os dados fortes da pesquisa reforçam a dinâmica positiva do mercado de trabalho, avalia a economista Claudia Moreno, do C6 Bank, em comentário. “De maneira geral, o cenário é de um mercado de trabalho bastante aquecido, com renda em alta”, diz ela, prevendo que a taxa de desemprego feche o ano em 5,5%. “Esse crescimento do nível de ocupação também deve ajudar a estimular a atividade econômica, embora dificulte o controle da inflação, especialmente a de serviços.”
Série histórica
Segundo cálculos do pesquisador Marcos Hecksher, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), no mês de maio a taxa de desemprego caiu ao menor patamar da série histórica, para 5,8%, se mensalizada e tendo descontadas as influências sazonais. “Foi a primeira vez, na série histórica de 13 anos e 5 meses da Pnad Contínua, em que a taxa de desemprego mensalizada com ajuste sazonal ficou abaix o d e 6 %”, ressaltou Hecksher.
Na avaliação de William Kratochwill, do IBGE, caso mantenha a atual tendência, o País caminhará para o pleno emprego, “Estamos caminhando para um pleno emprego, seja lá qual for a taxa de pleno emprego para o Brasil”, disse ele. “Para o pleno emprego não basta olhar a taxa de desocupação, é preciso analisar não só desocupados, tem que olhar também trabalhadores fora do mercado de trabalho, trabalhadores potenciais, desalentados. Está diminuindo esse contingente.”
Questionado sobre o fato de a taxa de desemprego ter descido já em maio ao segundo menor patamar da série histórica, mesmo nível registrado ao fim de 2024, quando sazonalmente o desemprego costuma ser mais baixo no ano, Kratochwill apontou a influência do bom desempenho da atividade econômica. “O esperado era que a taxa fosse muito parecida com o trimestre anterior, porque historicamente é o que acontece, mas o mercado de trabalho está numa situação melhor do que esteve nos últimos dez anos.” Com Informações de O Estado de S. Paulo