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Brasil Depois de algumas recentes experiências traumáticas no 7 de Setembro, o Comando Militar do Planalto vai assumir diretamente a coordenação do evento cívico-militar

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Bolsonaro durante ato do Sete de setembro em 2022. (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

Depois de algumas recentes experiências traumáticas no 7 de Setembro, o Comando Militar do Planalto (CMP) vai assumir diretamente a coordenação do evento cívico-militar que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tentou transformar em atos para sua campanha à reeleição em anos anteriores.

Com o julgamento concomitante do ex-presidente no Supremo Tribunal Federal (STF), o mais provável é que a 3ª Brigada de Infantaria Mecanizada, de Cristalina (GO), assuma a parte operacional sob coordenação direta do CMP. Em anos anteriores, uma guarnição da Força era designada para organizar os atos.

De qualquer forma, a Polícia do Exército estará nas ruas, ao lado das Polícias da Marinha e da Aeronáutica, da Polícia Civil, Militar e da Polícia Federal.

A participação das polícias das Forças Armadas está prevista em um decreto, assinado pelo presidente da República, que permite a ação dos militares em atos como o 7 de Setembro, desde que sejam realizados em Brasília. Serão 4.500 homens para cuidar da Esplanada e dos arredores.

A ideia de militares de alta patente é que o desfile não se transforme em ferramenta da polarização pois, segundo informações que têm chegado aos quartéis, vêm sendo preparadas manifestações tanto pró quanto contra Bolsonaro e os ânimos podem acabar acirrados, resultando em conflitos mais sérios.

Ainda está viva na memória dos militares o que Bolsonaro fez nas comemorações dos 200 anos da Independência, em 2022. Em Brasília, ele não esperou terminar o desfile para a continência oficial. Desceu do palanque fazendo campanha eleitoral e foi andar na avenida para saudar a população. No Rio de Janeiro, transferiu do local tradicional, a Avenida Presidente Vargas, para Copacabana, na zona sul. Montou um carro de som, subiu nele e fez mais discursos em tom eleitoral.

Em São Paulo, apenas o então comandante do Sudeste – hoje comandante do Exército, Tomás Paiva – compareceu à região onde se situava as margens do Ipiranga, local da comemoração do bicentenário da Independência. Não compareceram o governador nem outras autoridades.

Por causa da atuação de Bolsonaro em 2022, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decretou, no ano seguinte, sua inelegibilidade pela segunda vez. Seu candidato a vice, o general Walter Braga Netto, também foi declarado inelegível. Os dois usaram as cerimônias oficiais para fazer campanha e tentaram instrumentalizar as Forças Armadas para turbinar a candidatura da chapa. Bolsonaro já havia sido declarado inelegível anteriormente em outro julgamento, o que apontou o ataque às urnas eletrônicas, incluindo uma reunião com embaixadores para questionar o sistema eleitoral brasileiro.

O julgamento penal do ex-presidente pela trama golpista, que começa dia 2 de setembro, passará pelo dia 7. Por isso, o receio e a convicção de aumentar a segurança e cercar toda a área dos três Poderes. A previsão de término dos trabalhos no Supremo é para o dia 12 do mesmo mês.

Cinco dias antes dos desfiles, na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, será lido o relatório pelo ministro Alexandre de Moraes. Depois, as defesas, em ordem alfabética, terão uma hora cada uma para as sustentações orais. Logo após, a Procuradoria-Geral da República (PGR) vai apresentar a acusação. Antes, será a vez de a defesa do delator o tenente-coronel Mauro Cid.

Aí será conhecido o voto do relator e, após a leitura de seu relatório, votam os ministros Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e, por último, o presidente Cristiano Zanin.

Se o ministro Fux pedir vistas – como chegou a ser aventado, mas é considerado pouco provável – e os quatro tiverem votado pela condenação, o julgamento será suspenso por até três meses, podendo ser retomado em meados de dezembro para a conclusão. Com informações do portal Estadão.

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