Quarta-feira, 27 de agosto de 2025
Por Redação O Sul | 26 de agosto de 2025
Em sete meses, 2025 já se consolidou como ano recorde do turismo internacional para o Brasil. De janeiro a julho, visitantes estrangeiros injetaram US$ 4,9 bilhões na economia (o equivalente a R$ 26 bilhões, na cotação de hoje), informam a Embratur e o Ministério do Turismo.
O valor representa um crescimento de 13% em comparação com as entradas do mesmo período do ano passado, quando o Banco Central (BC) registrou US$ 4,32 bilhões deixados por viajantes de outros países nos destinos brasileiros.
No mês de julho de 2025, a entrada de divisas alcançou US$ 696,4 milhões. Esse resultado representa um aumento de 13,3% em relação ao mesmo período de 2024, quando o montante foi de US$ 614,7 milhões.
Movimento aéreo
O número de passageiros em voos domésticos e internacionais chegou a 11,6 milhões em julho, pela primeira vez no País, segundo levantamento do Ministério de Portos e Aeroportos com base em dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Trata-se de recorde não só para julho – quando houve alta de 7,5% ante igual período do ano passado, mas para qualquer mês da série histórica iniciada em 2000. Outra marca inédita foi a de 9 milhões de viajantes em voos nacionais – acima dos 8,9 milhões de julho de 2015.
De janeiro a julho foram 73,4 milhões de passageiros nos aeroportos brasileiros entre voos domésticos e internacionais, alta de 9,6% sobre os mesmos sete meses de 2024. Do total, 57 milhões voaram em linhas nacionais, avanço de 8,2%, enquanto os demais 16,4 milhões estavam em linhas para o exterior, um salto de 15%, ou quase o dobro do crescimento do mercado interno.
Se esse ritmo for mantido ao longo do segundo semestre, afirmou o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, o Brasil vai fechar 2025 com cerca de 130 milhões de passageiros voando a partir de aeroportos do País. Em 2024, foram 118 milhões.
Fatores
Um conjunto de fatores impulsiona viagens aéreas no Brasil, segundo especialistas: mudanças de hábito no pós-pandemia, ganho de renda – a reboque do mercado de trabalho aquecido – e alta do dólar, que estimula roteiros de viagens domésticas e regionais. Em paralelo, o Brasil expandiu em 16% a malha de voos internacionais este ano, acima da média mundial de 2,6%, segundo dados da Embratur.
“O cenário macroeconômico favorece. Apesar do juro alto prejudicando o crédito, o crescimento da economia e do emprego ajuda. E há uma questão específica da aviação, com mais rotas internacionais e mais estrangeiros vindo ao País”, destaca a consultora de turismo Jeanine Pires. (Com informações do jornal O Globo)