Quinta-feira, 13 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 16 de fevereiro de 2016
A Autoridade para Fertilização Humana e Embriologia do Reino Unido (HFEA, na sigla em inglês) deu sinal verde para o primeiro experimento no país com edição genética de embriões humanos. Apresentado por pesquisadores liderados por Kathy Niakan, do Instituto Francis Crick, em Londres, o estudo vai usar embriões viáveis congelados, doados por casais que fizeram FIV (fertilização in vitro) e não pretendem mais utilizá-los, para melhor entender o papel de determinados genes em seu desenvolvimento, tendo como objetivos, entre outros, aumentar a efetividade desse tipo de tratamento.
“A proposta de pesquisa da doutora Niakan é importante para entendermos como um embrião humano saudável se desenvolve e vai melhorar nossa compreensão sobre as taxas de sucesso da FIV ao estudar os primeiros estágios do desenvolvimento humano”, comemorou Paul Nurse, diretor do Instituto Francis Crick. A decisão, tomada em reunião do comitê de licenciamento da HFEA no mês passado, no entanto, reacendeu o debate em torno da manipulação do DNA humano e a eugenia, filosofia que prega a “melhoria” das populações e resultou em pesadelos como o nazismo. Mas o próprio protocolo do experimento aprovado pelas autoridades britânicas afasta esta possibilidade, pelo menos por enquanto. Nele, os cientistas dizem que limitarão o desenvolvimento dos embriões até o 14 dia. (Cesar Baima/AG)