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Brasil Vai ter COP, a conferência do clima em Belém; custo de hotéis cai, e evento alcança quórum mínimo de delegações para garantir realização

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Em abril de 2023, o preço cobrado por um pernoite no então "Hotel Nota 10" era de R$ 70. (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

Mesmo após reduzir em 86% o valor das diárias que cobrava para o período da conferência, o Hotel COP30, em Belém, ainda tenta atrair hóspedes a um mês do início do evento sobre mudanças climáticas. O hotel, que ficou conhecido por mudar de nome e disparar seus preços em até 8.000% com a escolha da cidade para a COP, agora oferece diárias por R$ 750 – valor bem inferior aos R$ 5.670 cobrados em agosto, mas ainda acima dos R$ 70 praticados antes da mudança.

A queda nos preços é reflexo de uma baixa ocupação geral na cidade: segundo a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Pará (ABIH-PA), ainda há muitas vagas disponíveis em Belém, inclusive em hotéis de luxo. O setor vive agora a chamada “hora da xepa”, quando as tarifas caem para evitar prejuízos com quartos vazios.

O portal O Globo entrou em contato com o representante comercial do Hotel COP 30 para questionar sobre vagas e valores para novembro. Há ainda quatro tipos de apartamentos disponíveis: duplos, triplos, quádruplos e quíntuplos. A reportagem pediu as tarifas para uma pessoa para o período entre os dias 5 e 21 de novembro, as duas semanas que abrangem a Cúpula dos Líderes e a COP 30 em si.

“Temos ótimos preços para esse período”, respondeu o contato comercial do hotel.

O valor final informado para as 16 diárias foi de R$ 12 mil, com possibilidade de parcelamento em três vezes ou de desconto de 10% para pagamento no pix. Isso significa uma tarifa de R$ 750 a diária, número ainda muito superior ao que era cobrado ano passado, mas bem menor do que dois meses atrás.

O estabelecimento se chamava “Hotel Nota 10”, mas foi rebatizado para Hotel COP 30 após ser vendido e passar por reformas. Além do novo nome, o hotel teve aumento vultuoso de preços. Em abril de 2023, o preço cobrado por um pernoite no então “Hotel Nota 10” era de R$ 70.

Outro hotel que também fica em Campina é o novo Tivoli Maiorana Jr, de cinco estrelas, uma das obras de hospedagem mais importantes nos preparativos da COP. A bandeira vai ocupar um antigo prédio da Receita Federal, cedido pelo governo federal. Com 176 quartos, incluindo duas suítes presidenciais, o hotel começou seu “soft opening” nessa semana. Os quartos estão prontos, mas ainda há muitas obras ocorrendo nas áreas comuns e houve falta de água e de luz na última quinta (9). Para o período da COP, ainda existem quartos disponíveis no Tívoli, afirmaram funcionários.

Há duas semanas, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, anunciou que o governo poderia acionar a justiça contra preços abusivos de hospedagem. As altas tarifas do Tívoli, de R$ 8 a R$ 15 mil, teriam sido um dos motivos das queixas do ministro, que citou que os valores exorbitantes seriam “como tentar impedir que Belém e o Pará recebam a COP30”.

Em nota enviada à imprensa, o Tívoli, que prestou esclarecimentos sobre seus preços à Secretaria Nacional de Direitos do Consumidor (Senacon), explicou que “tarifas aplicadas seguem práticas usuais do setor de hospitalidade em eventos globais e refletem uma combinação de fatores como alta demanda e protocolos rigorosos de segurança, logística e hospitalidade, que exigem custos operacionais significativamente mais altos, tendo em vista o perfil do público — que inclui chefes de Estado e delegações oficiais.”

Durante o Fórum Esfera em Belém, o ministro do Turismo Celso Sabino reclamou que “tentaram tirar” a COP do Pará, devido à polêmica da hospedagem. Após sua apresentação, ele disse que “a hospedagem está sendo muito bem tratada”, e afirmou que os preços abusivos eram praticados por apenas poucos locais.

“A hospedagem está sendo muito bem tratada. Nós não temos mais aqueles gargalos que nós tínhamos no início. Algumas poucas hospedagens com preços absurdos eram pinçadas nos aplicativos de hospedagem e colocados como se fosse a regra geral, e aquilo não é a regra geral. Aqueles locatários que esperavam alugar os seus hotéis ou as suas casas, seus apartamentos, por centenas de milhares de reais, até milhões de reais, observaram já que não vão conseguir locar por esse valor, e o próprio mercado está dando conta de fazer com que esses preços sejam reduzidos”, disse Sabino.

O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Pará (ABIH-PA), Antônio Santiago, confirmou que ainda existem “vários hotéis” com quartos disponíveis.

“Estão regateando (barganhando) os preços, é a hora da xepa. Hora de baixar os preços ou ficar sem vender”, afirmou Santiago, que citou a lei da oferta e da procura. “Quando a procura era muita, os preços eram mais salgados. A procura começou a baixar e os preços vão juntos. Regra do mercado.”

Para Mariana Aldrigui, pesquisadora de políticas de turismo da USP, a oferta de vagas com preços mais baixos a um mês da COP reforça as falhas nos preparativos desse setor para o evento. (Com informações do portal O Globo)

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