Segunda-feira, 13 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 12 de outubro de 2025
Durante participação em evento no município de Soledade (Norte gaúcho), o vice-governador Gabriel Souza inaugurou nesse fim de semana mais uma obra de pavimentação asfáltica bancada pelo programa estadual “Pavimenta”, além de destacar os investimentos realizados na região. A visita também foi pautada por encontros com representantes de entidades setoriais.
A presença de Souza teve como motivo o Fórum Multissetorial Botucaraí, centrado no tema “Desenvolvimento Regional: transformando desafios em oportunidades” e durante o qual ele destacou as transformações do Rio Grande do Sul nos últimos anos, em setores como saúde, educação, segurança, infraestrutura e equilíbrio das contas públicas.
“Soledade é um dos pontos de ligação entre o Norte e o Centro do Estado, funcionando como entroncamento logístico de conexão entre regiões produtoras e o Porto de Rio Grande, bem como à Região Metropolitana de Porto Alegre. Além disso, o município se destaca pela diversificação produtiva, especialmente como referência nacional em pedras preciosas e joias”, discursou.
O vice-governador destacou, ainda, as ações do governo de Eduardo Leite na região do município, conhecida como “Alto da Serra do Botucaraí” e que já recebeu cerca de R$ 110 milhões do Estado desde 2019. O montante inclui R$ 32 milhões somente para Soledade (cuja economia é também ligada à produção de leite, grãos e proteína animal), considerando-se convênios, execução direta e repasses.
Dentre os tópicos enumerados por Souza está a área da saúde: por meio do programa “Assistir”, Soledade teve um incremento de mais de 200% em repasses direcionados ao Hospital Frei Clemente nos últimos quatro anos. Reformas em estradas locais, verbas para a Defesa Civil, obras em escolas e aquisição de viaturas para a Brigada Militar foram outras ações mencionadas.
Pavimentação
Durante a visita ao município, Gabriel Souza inaugurou uma obra do “Pavimenta” na avenida Barros Cassal. A pavimentação asfáltica abrangeu uma área de mais de 15 mil metros quadrados e contou com investimento total de R$ 1,6 milhão, sendo R$ 1,4 milhão do governo do Estado e R$ 249 mil de contrapartida municipal.
“Essa é uma via de mobilidade urbana importante da cidade”, sublinhou. “Há décadas a comunidade solicitava o asfaltamento, então agora fizemos essa pavimentação e, certamente, isso vai mudar a cara e a realidade do bairro, melhorar os negócios, valorizar imóveis, além de trazer conforto para as pessoas e qualidade de vida em geral.”
Souza ponderou que a recuperação de vias dentro de perímetros urbanos é um dever constitucional das prefeituras, mas as contas equilibradas do governo gaúcho (cuja incumbência diz respeito a rodovias estaduais) permitem hoje colaborar com o desenvolvimento local. Ele prosseguiu:
“O Pavimenta é um programa interessante para mostrar duas coisas. A primeira delas é a importância de se melhorar as vias urbanas dos municípios que geram maior desenvolvimento dentro das localidades. Já o segundo ponto é a possibilidade que o Estado tem para estabelecer parcerias capazes de alavancar o desenvolvimento municipal”.
A avenida Vacaria, em Soledade, também foi beneficiada pelo “Pavimenta”. Orçada em R$ 3,1 milhões, sua obra de pavimentação asfáltica recebeu R$ 2 milhões do Estado, ao passo que o restante se deu em contrapartida pela prefeitura. O programa já destinou aproximadamente R$ 640 milhões para obras de pavimentação em 445 dos 497 municípios gaúchos – contemplando 409 projetos na primeira e 250 projetos na segunda fase.
Pedras preciosas
Gabriel Souza também também aproveitou a ocasião para se reunir com representantes do Sindicato das Indústrias de Joalheria, Mineração, Beneficiamento e Transformação de Pedras Preciosas e Semipreciosas do Rio Grande do Sul (Sindipedras) e com a Associação de Pequenos Pedristas de Soledade (Appesol). O objetivo foi ouvir demandas do segmento, que enfrenta dificuldades após o “tarifaço” de 50% imposto pelos Estados Unidos a produtos brasileiros.
Durante a reunião, ele informou que o governo gaúcho estuda uma linha de crédito específica para o segmento, junto ao Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). Já havia sido anunciado em julho um crédito de R$ 100 milhões, por meio da mesma instituição, para socorrer as indústrias diretamente afetadas pela medida norte-americana.
Ele frisou: “Muitas vezes o setor não é taxado, mas em virtude da sua cadeia produtiva e de suas relações comerciais, acaba prejudicado indiretamente, que é o caso aqui das pedras preciosas. Estamos dialogando para entender como é possível colaborar. Sabemos a importância da produção de pedras para a região para o Rio Grande do Sul e trabalharemos em conjunto para beneficiar pequenos e grandes produtores”.
(Marcello Campos)
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