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Economia Empréstimo aos Correios com garantia do Tesouro Nacional é visto como repasse disfarçado

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Empréstimo de R$ 20 bilhões aos Correios foi costurado pelo governo federal. (Foto: Reprodução)

A Folha de S.Paulo promoveu na última quinta-feira (16) mais uma edição da C-Level Call, uma videochamada semanal sobre economia comandada pelas jornalistas Idiana Tomazelli e Adriana Fernandes.

O tema central da última edição foi o empréstimo de R$ 20 bilhões para os Correios, costurado pelo governo para socorrer a estatal em apuros financeiros.

O empréstimo, que envolve Caixa, Banco do Brasil, BTG Pactual e outros bancos privados, foi noticiado com exclusividade pelo jornal na terça-feira (14) e confirmado pela estatal oficialmente no dia seguinte. Quem dará a garantia é o Tesouro Nacional.

“É a União dizendo que, se der algum problema no futuro e os Correios não conseguirem pagar alguma prestação desse empréstimo, ela vai pagar com dinheiro dos contribuintes”, afirmou a repórter Idiana Tomazelli.

“Muita gente nos bastidores acaba reconhecendo que esse empréstimo é um aporte dissimulado”, continuou.

A repórter especial e colunista Adriana Fernandes lembrou que o governo foi eleito e é legítimo que trabalhe com a perspectiva de manter o caráter estatal da empresa, mas que seria importante que o socorro viesse de forma transparente.

“O certo seria encontrar espaço no Orçamento para fazer isso, fazer essa despesa direta”, disse. “E mostrar que, para isso, terá que cortar outras despesas.”

EUA, China e Brasil

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, se encontrou na quinta com a contraparte americana, Marco Rubio, para destravar as negociações bilaterais em torno do tarifaço imposto aos produtos brasileiros pelos EUA.

Uma das dúvidas que pairam sobre as negociações, segundo Adriana, é a questão das terras raras. A China impôs restrições à exportação desses minerais, que têm no Brasil a segunda maior reserva mundial, embora o país não possua capacidade de refino.

“Estava conversando com um diplomata, (…) as terras raras são tema da negociação do Brasil com os Estados Unidos, junto com o etanol e outros temas”, comentou Adriana. “O governo brasileiro está confiante de que vai conseguir algum tipo de (avanço).”

“Tenho a impressão de que, desde que o presidente Lula conseguiu aquele encontro rápido com o Trump em meio à Assembleia Geral da ONU, as negociações se moveram muito mais para um lado pragmático de negociar esses pontos econômicos que interessam aos Estados Unidos”, disse Idiana.

Buracos

O governo ainda busca alternativas após ver derrotada no Congresso Nacional a sua proposta de acabar com a isenção do imposto de renda para alguns títulos do agronegócio e do setor imobiliário, aumentando também a taxação das bets (casas de aposta virtual) e das fintechs.

Mesmo após o relator Carlos Zarattini (PT-SP) desidratar o texto, aliviando para as bets e para o agronegócio, o governo não conseguiu passar a proposta.

“Não dá para você entregar determinadas coisas importantes”, disse Adriana. “O governo, na busca, desenfreada de aumentar a receita, acaba cedendo em coisas que podem render problema (no futuro)”.

“No caso dos títulos isentos do agro e do setor imobiliário, a movimentação é muito clara, comandada pela frente parlamentar da agropecuária”, comentou Idiana. “No caso das bets, não. É um lobby muito mais nebuloso.”

Segundo a repórter, o governo deve editar um projeto de lei retomando algumas das medidas derrubadas pelo Congresso, mas o principal obstáculo em torno da aprovação do texto é a taxação das casas de aposta. (Com informações da Folha de S.Paulo)

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