Sexta-feira, 24 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 23 de outubro de 2025
O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino López, disse nessa quinta-feira (23) que qualquer operação da CIA contra seu país “fracassará”, depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, autorizou a agência a realizar operações secretas na nação.
Os Estados Unidos enviaram para o Caribe uma frota de destróieres, um submarino e navios com forças especiais para operações militares que levaram ao bombardeio de lanchas que o governo Trump alega serem “narcoterroristas”, procedentes da Venezuela.
Caracas assegura, no entanto, que se trata de um plano para derrubar o ditador Nicolás Maduro. Trump autorizou as operações encobertas na semana passada.
“Sabemos que a CIA está presente não somente na Venezuela, mas em todas as partes do mundo”, disse o ministro. “Poderão inserir não sei quantas unidades designadas à CIA em operações encobertas a partir de qualquer flanco da nação e qualquer tentativa fracassará”.
Padrino supervisionou uma nova rodada de exercícios militares em estados costeiros da Venezuela.
Mísseis
Já o ditador venezuelano Nicolás Maduro afirmou na quarta-feira (22) que a Venezuela possui cerca de 5 mil mísseis antiaéreos portáteis de fabricação russa, prontos para defender o país diante do que classificou como ameaça militar dos Estados Unidos.
A declaração ocorre após Washington enviar, no início de setembro, uma flotilha de contratorpedeiros, embarcações com forças especiais e um submarino ao Mar do Caribe, para realizar ataques contra o que o governo Trump descreve como “lanchas narcoterroristas” vindas da Venezuela.
Maduro chamou as operações de “ameaça e assédio”, dizendo que os EUA buscam sua derrubada. “Qualquer força militar do mundo conhece o poder dos Igla-S e a Venezuela tem nada mais e nada menos que 5 mil Igla-S em postos-chave da defesa antiaérea para garantir a paz”, afirmou em discurso transmitido pela televisão estatal, ao lado de integrantes do alto comando militar.
O Igla-S é um sistema portátil de defesa aérea usado para derrubar aviões, helicópteros e drones em baixa altitude. De uso descartável, ele já foi empregado em exercícios militares ordenados por Maduro em resposta ao deslocamento das forças dos EUA.
Segundo Maduro, a Força Armada venezuelana dispõe de sistemas de simulação que mantêm “milhares de operadores” em “situação de boa pontaria” com o Igla-S, instalados em “postos-chave da defesa antiaérea”. As informações são da agência de notícias AFP.