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Política Candidatura de Carlos Bolsonaro em Santa Catarina gera impasse na direita

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Na segunda-feira (27), o político confirmou pelas redes sociais a intenção de se candidatar. (Foto: Reprodução)

A pré-candidatura do vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PL) ao Senado por Santa Catarina impôs um impasse à direita no Estado e embolou os planos dos postulantes que já colocavam na disputa às duas vagas catarinenses na Casa Alta, o senador Esperidião Amin (PP) e a deputada federal Caroline de Toni (PL). No cerne do imbróglio está o perfil conservador do Estado.

A empreitada eleitoral do filho “02” do ex-presidente Jair Bolsonaro em Santa Catarina já era algo ventilado desde o meio deste ano, quando Carlos passou a intensificar sua agenda pela região. O vereador tornou-se um dos rostos do Rota 22, seminário itinerante do PL que tem rodado cidades catarinenses para engajar a base de eleitores e atrair mais apoiadores ao partido. Ele também participou das manifestações a favor do pai, em setembro e agosto, em Florianópolis, Balneário Camboriú e Criciúma. Na segunda-feira (27), o político confirmou pelas redes sociais a intenção de se candidatar.

Com a confirmação de Carlos, ele deve renunciar em dezembro ao mandato na Câmara Municipal do Rio – onde ocupa uma cadeira desde 2001. Segundo fontes próximas ao vereador, ele também se mudará para Santa Catarina logo após deixar a vereança.

A família Bolsonaro defende que de Toni seja a candidata ao Senado junto com Carlos. Eles fariam parte da chapa do governador Jorginho Mello (PL), que tentará a reeleição. Acontece que o próprio chefe do Executivo já enfrenta uma disputa com outro representante da direita interessado no governo catarinense: o prefeito de Chapecó e pré-candidato à administração estadual, João Rodrigues (PSD).

Do mesmo campo político, Mello e Rodrigues competem para mostrar quem é mais próximo de Bolsonaro. Dentro desse racha, a estratégia do governador é atrair o máximo de alianças partidárias para também desmobilizar o adversário. Nesse sentido, ele não quer abrir mão da candidatura de Amin para não perder o apoio do PP e do União Brasil, siglas que estão em vias de formar uma federação.

Os dois partidos já alertaram a Mello que podem abandoná-lo se ele quiser fazer um jogo triplo – isto é, apoiar Carlos, de Toni e Amin ao mesmo tempo.

“Onde não há lugar para o Esperidião Amin, não há lugar para o União Progressista”, afirma ao Valor o presidente do União Brasil de Santa Catarina, o deputado federal Fabio Schiochet, que assumirá o comando da federação no Estado.

“Não vamos aceitar candidatura avulsa. Se isso acontecer, vamos compor com Rodrigues”, continua o dirigente partidário, que quer uma resposta de Mello até dezembro. “Esse é o nosso timing.”

Para solucionar o impasse no entorno do Palácio Cruz e Sousa, representação do governo catarinense, uma possibilidade aventada era de, com Carlos na disputa, manter a candidatura de Amin e indicar de Toni como vice de Mello. A saída, porém, não foi à frente justamente pelo plano de compor com mais partidos; se fosse concretizada, o governador e a deputada formariam uma chapa pura do PL.

O posto de vice também já foi prometido por Mello ao MDB e já tem um nome escolhido para ocupá-lo: o secretário estadual da Agricultura, Carlos Chiodini.

“O MDB é um partido muito representativo no Estado. A nossa colocação natural é uma composição de vice”, diz Chiodini, que também preside a sigla em Santa Catarina.

Diante desse cenário, de Toni passou a conversar com outras siglas que possam abrigá-la na disputa ao Senado. De acordo com fontes a par dessas negociações, a parlamentar bolsonarista já recebeu convites de filiação do Novo, Republicanos e Podemos. As informações são do jornal Valor Econômico.

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https://www.osul.com.br/candidatura-de-carlos-bolsonaro-em-santa-catarina-gera-impasse-na-direita/ Candidatura de Carlos Bolsonaro em Santa Catarina gera impasse na direita 2025-10-29
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