Quinta-feira, 30 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 29 de outubro de 2025
Dez criminosos da cúpula do Comando Vermelho (CV), que estavam presos em Bangu 3, foram transferidos na noite dessa terça-feira (28) para Bangu 1, a penitenciária de segurança máxima do Estado do Rio de Janeiro. A medida foi tomada como resposta às barricadas e às interdições em diversas vias da capital fluminense, após a megaoperação com mais de 2.500 agentes nos complexos do Alemão e da Penha.
Segundo o governo do RJ, são mais de 120 mortos na operação.
A transferência da cúpula do CV tem caráter provisório. O governo do estado solicitou, e o governo federal acatou, no início da noite desta terça, o pedido de transferência de 10 criminosos detidos no sistema penitenciário do Rio para presídios federais.
Segundo o governo, eles são apontados como responsáveis por comandar, de dentro das cadeias, a retaliação de criminosos à megaoperação da polícia nos complexos do Alemão e da Penha.
No início da tarde de terça, criminosos usaram veículos como barricadas para fechar diversas vias do Rio e da Região Metropolitana. Já na manhã desta quarta, segundo a prefeitura do Rio, já não havia mais vias obstruídas na cidade. Foram 12 horas de bloqueios.
Entre os presos que foram para Bangu 1 está Marco Antonio Pereira Firmino, o My Thor, considerado um dos principais líderes do CV.
Veja a lista completa:
– Wagner Teixeira Carlos (Waguinho de Cabo Frio);
– Rian Maurício Tavares Mota (Da Marinha);
– Roberto de Souza Brito (Irmão Metralha);
– Arnaldo da Silva Dias (Naldinho);
– Alexander de Jesus Carlos (Choque / Coroa);
– Leonardo Farinazzo Pampuri (Léo Barrão);
– Marco Antônio Pereira Firmino (My Thor);
– Fabrício de Melo de Jesus (Bichinho);
– Carlos Vinícius Lirio da Silva (Cabeça do Sabão);
– Eliezer Miranda Joaquim (Criam).
Operação
A operação que motivou a mudança foi a mais letal da história do estado, com centenas de mortos e presos nos Complexos da Penha e do Alemão, apontados como redutos estratégicos da facção.
O governo estadual pediu que os líderes sejam distribuídos em diferentes unidades federais, para dificultar a comunicação entre eles e enfraquecer a estrutura do CV dentro do sistema prisional.