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Geral Presença de líderes do G20 em Belém do Pará deve igualar a última conferência do clima, mas ficar abaixo de recorde

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A COP30 ocorrerá de 10 a 21 de novembro em Belém do Pará. (Foto: Reprodução)

Devem vir ao Brasil para a COP30, a conferência sobre clima da ONU (Organização das Nações Unidas), ao menos três chefes de Estado ou de governo do G20, o bloco que reúne as maiores economias do mundo e é responsável por cerca de 80% das emissões de gases de efeito estufa.

Se isso se confirmar, a cúpula em Belém terá número equivalente de líderes do G20 do que sua antecessora, que aconteceu na cidade de Baku (Azerbaijão). Seguirá atrás, porém, da edição de 2023 em Dubai (Emirados Árabes), que ficou marcada como a maior da história.

O jornal Folha de S.Paulo realizou um levantamento com base em anúncios de participação por alguns governos, assim como informações não oficiais colhidas com pessoas diretamente envolvidas nos preparativos da COP.

No momento, pretendem ir a Belém três chefes de Estado ou de governo: Friedrich Merz (Alemanha), Emmanuel Macron (França) e Keir Starmer (Reino Unido). A conta não considera o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) porque o Brasil é sede do evento.

O primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, chegou a ser tido como presença provável, mas atualmente sua participação é incerta. O país é o principal candidato para abrigar a COP31, em 2026, mas no momento a expectativa é que ele envie uma comitiva de nível ministerial.

O governo Lula contava até há pouco com a participação do primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, mas ele não deve comparecer por causa da votação anual do Orçamento no Parlamento em Ottawa.

Outros líderes que pretendem estar em Belém são os presidentes do Conselho Europeu, António Costa, e da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen.

O presidente rotativo da União Africana, João Lourenço (líder de Angola), não deve viajar ao Brasil. Mas o presidente da Comissão da União Africana, Mahmoud Ali Youssouf, é esperado.

A efetiva participação dos líderes depende de arranjos de agenda e pode sofrer modificações.

A COP30 ocorrerá de 10 a 21 de novembro. Os chefes de Estado e de governo devem se reunir em Belém dias antes, entre 5 e 6, durante a cúpula dos líderes –57 tinham confirmado participação até esta sexta-feira (31).

Apesar dos reiterados convites de Lula, Donald Trump, que ocupa a Casa Branca atualmente e é o principal crítico do mundo ao multilateralismo e às negociações climáticas, não deve comparecer.

Espera-se que decisão semelhante seja tomada pelo presidente da Argentina, o ultraliberal Javier Milei, que é admirador de Trump e compartilha com o republicano uma visão negacionista em relação ao clima.

A escolha de Belém como sede da conferência foi criticada por problemas de infraestrutura e acabou se tornando um problema que transbordou da logística para a diplomacia, em razão da explosão dos preços dos hotéis na cidade e a dificuldade —sobretudo de nações de economia menor— em encontrar onde se hospedar por valores acessíveis.

Negociadores de dezenas de países assinaram uma carta pressionando Lula e a UNFCCC (o braço climático da ONU) a transferir ao menos parte da cúpula para outra cidade, e a credibilidade da conferência ficou ameaçada.

O Brasil negou essa possibilidade, criou uma força-tarefa para encontrar individualmente hospedagem para todas as delegações e mobilizou alternativas, como navios cruzeiros e habitações do Minha Casa, Minha Vida, para tentar sanar o problema.

Na quinta (30), a organização do evento afirmou que 149 países confirmaram participação na conferência. O número inclui tanto aqueles que enviarão um representante de alto nível —como um presidente ou ministro— como os que participarão apenas na esfera técnica.

O número, apesar de ainda um pouco distante dos 198 que compõe a COP, já é suficiente para que a cúpula tenha quórum e oficialmente possa iniciar as negociações.

Os países dos chamados LDCs e SIDs (siglas respectivamente para os grupos dos menos desenvolvidos e insulares), assim como os africanos, são os que encontram maior dificuldade em conseguir hospedagem por um preço considerado viável. Eles também são os mais vulneráveis aos efeitos da mudança climática.

Uma participação reduzida desses atores poderia, na avaliação de diplomatas, colocar em xeque a credibilidade das negociações.

Por outro lado, há a avaliação de que, sem a participação e engajamento das maiores economias do mundo, não há como nenhum acordo climático ser implementado na prática. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

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