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Economia Após sucessivas quedas, a taxa de desemprego no Brasil ficou estável pelo terceiro mês seguido

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O número de empregados com carteira assinada chegou a 39,229 milhões, o mais alto da série histórica. (Foto: ABr)

Após sucessivas quedas, a taxa de desemprego ficou estável pelo terceiro mês seguido em 5,6% no trimestre encerrado em setembro, renovando o menor nível da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O índice veio acima do esperado por analistas de mercado, que estimavam queda para 5,5% em setembro, indicando os primeiros sinais de redução de ritmo do mercado de trabalho, com comércio e indústria cortando vagas.

Nos três meses anteriores, encerrados em junho, que servem de base de comparação para o resultado de sexta-feira, a taxa de desocupação estava em 5,8%.

Com sinais ambíguos, o rendimento médio real foi de R$ 3.507, o maior da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012, valor 4% mais alto do que o mesmo período do ano passado. Segundo analistas, são indícios de que o mercado ainda está aquecido, apesar da estabilidade na taxa de desemprego, e deve fazer o Banco Central manter a taxa básica de juros em 15% ao ano na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que acontece nas próximas terça-feira e quarta-feira.

Cláudia Moreno, do C6 Bank, só vê um corte nos juros em março de 2026. Para ela, a maior renda pode impulsionar o aumento no preço dos serviços e pressionar a inflação: “O (Gabriel) Galípolo (presidente do Banco Central) vem falando que a gente está em um mercado de trabalho muito exuberante. Ele usou frases fortes para falar sobre isso. Entendo que ele olhe bastante também para o efeito que isso vai ter na inflação.”

Embora o percentual tenha se mantido estável, a população desocupada caiu para seu menor número já registrado desde o início da pesquisa: 6,045 milhões, com queda de 209 mil pessoas em comparação com o trimestre encerrado em junho e menos 809 mil pessoas no ano.

E o emprego formal não para de crescer. O número de empregados com carteira assinada chegou a 39,229 milhões, o mais alto da série histórica.

Economistas afirmam que os últimos resultados ainda reforçam o cenário de mercado de trabalho aquecido, mas a atividade econômica em ritmo mais lento indica que o desemprego não deve ter mais espaço para quedas expressivas nos próximos meses.

“Ainda é um cenário de mercado aquecido porque a gente está estabilizando um patamar da taxa de desemprego no mínimo histórico e também da população ocupada em um nível bem alto. Começamos agora a ver uma mudança no ritmo. Os últimos resultados confirmam isso. Estamos indo para uma certa estabilização, aquela desaceleração que todo mundo fala começa primeiro por isso”, disse Rodolpho Tobler, economista do FGV Ibre.

Para ele, esse movimento está relacionado à atividade econômica, que até o início desse ano teve impulso puxado pelo agro e outras atividades, mas que começa a mostrar desaceleração em alguns setores no terceiro trimestre. “É natural que o mercado de trabalho siga na mesma linha”, completa o analista.

O economista Bruno Imaizumi, da 4intelligence, acrescenta que a renda vem crescendo e impulsiona a demanda. “Se por um lado a ocupação veio mais fraca, o lado do rendimento sustenta a massa de renda do trabalho e o consumo das famílias.” As informações são do jornal O Globo.

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https://www.osul.com.br/apos-sucessivas-quedas-a-taxa-de-desemprego-ficou-estavel-pelo-terceiro-mes-seguido/ Após sucessivas quedas, a taxa de desemprego no Brasil ficou estável pelo terceiro mês seguido 2025-11-01
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