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Política A tática da família Bolsonaro de tentar eleger um de seus integrantes no Senado por Santa Catarina começa a deixar estragos

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Vista como atabalhoada por lideranças, a articulação vem rendendo uma troca de acusações públicas. (Foto: Reprodução/X)

A tática da família Bolsonaro de tentar eleger um de seus integrantes no Senado por Santa Catarina começa a deixar estragos. A pré-candidatura do vereador do Rio Carlos Bolsonaro (PL) num Estado onde nunca viveu vem dividindo a direita catarinense, enquanto dirigentes locais se movimentam para fisgar dissidentes.

O movimento de Carlos de se eleger senador por Santa Catarina passa pela facilidade com que o Estado elege políticos de direita – enquanto no Rio ele enfrenta a concorrência de seu irmão, o senador Flávio Bolsonaro (PL). Mas a chegada do vereador, imposição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), levou a deputada federal Caroline de Toni (PL-SC) a ceder a vaga do partido. Ela, no entanto, agora, está decidida a não desistir e pode concorrer por outra sigla.

Vista como atabalhoada por lideranças, a articulação vem rendendo uma troca de acusações públicas. Enquanto a deputada estadual Ana Campagnolo (PL), aliada do governador Jorginho Mello (PL) e de Caroline, critica a falta de identificação de Carlos com o Estado, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) questiona a lealdade dela ao pai.

“A saída de Carol (é) uma ameaça real para a força do PL catarinense. Todos aqui sabiam que poderia se concretizar com a chegada do Carlos. Por que alguns são tão covardes? Por que não assumem o ônus de suas escolhas? O que

“A saída de Carol (de Toni é) uma ameaça real para a força do PL catarinense. Todos aqui sabiam que poderia se concretizar com a chegada do Carlos. Por que alguns são tão covardes? Por que não assumem o ônus de suas escolhas?”

Ana Campagnolo (PL-SC) Deputada estadual de Santa Catarina está ganhando? Carol sempre foi leal ao Bolsonaro”, escreveu Ana Campagnolo nas redes sociais.

Eduardo e seus aliados têm contestado a fidelidade de Ana Campagnolo à costura feita pelo ex-presidente. Para eles, parlamentares como ela foram eleitos em razão da força de Bolsonaro, e agora precisam demonstrar subordinação às suas orientações.

Os deputados Mario Frias (PL-RJ) e Marcos Pollon (PL-MS) e o comunicador Kim Paim se puseram ao lado de Carlos e Eduardo. Silvio Grimaldo, editor do site olavista Brasil Sem Medo, tem defendido Ana Campagnolo. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) ignorou o enteado e publicou uma foto de mãos dadas com Caroline de Toni. “Estou fechada com a Carol de Toni, independentemente da sigla partidária”, escreveu Michelle nas redes sociais, sugerindo possível desfiliação da aliada.

 A vaga no Senado é conquistada via eleição majoritária, assim como os chefes do Poder Executivo, então é preciso conquistar a maioria dos votos no Estado – o que é dificultado por dois nomes de perfil parecido concorrendo na mesma raia. Em 2026, dois terços da Casa serão renovados, e os eleitores poderão votar em dois nomes para o Senado, assim como as siglas partidárias poderão lançar dois candidatos para preenchê-las.

Maior líder da direita, Bolsonaro tem usado do mesmo expediente para articular as chapas ao Senado nos Estados governados por seus aliados: uma das vagas do partido é de sua preferência, e a outra é indicação do próprio governador. Jorginho firmou compromisso de apoiar o senador Esperidião Amin (PP), e o ex-presidente escolheu o filho. Caroline, que queria concorrer com apoio de Bolsonaro, sobrou.

Aliados de Caroline atribuem à costura “malfeita” o problema que o bolsonarismo catarinense agora enfrenta: a corrida pode ter ao menos três candidatos competitivos para duas vagas, sem contar o prefeito bolsonarista de Chapecó, João Rodrigues (PSD).

O partido Novo espera receber Caroline, cujo espaço no PL se fechou com a movimentação de Carlos.

Dirigentes da federação PPUnião Brasil avaliam que o desgaste resvala principalmente em Jorginho. Para esse grupo, se o atrito permanecer, não seria tão viável a permanência do apoio da federação ao governador. Um cenário com três candidatos da direita bolsonarista pleiteando duas vagas no Senado abriria uma crise maior.

Os ataques de aliados de Carlos a parlamentares de Santa Catarina e ao próprio Estado poderiam aumentar a rejeição ao vereador e levar a um surpreendente revés para a família. Com informações do portal Estadão.

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