Sábado, 15 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 14 de novembro de 2025
O Produto Interno Bruto (PIB) do Rio Grande do Sul registrou crescimento de 1,3% em 2023, após retração de 2,6% no ano anterior. De acordo com estudo divulgado nessa sexta-feira (14), o resultado foi impulsionado pelo desempenho positivo da agropecuária (15,2%) e dos serviços (2,3%), ao passo que a indústria apresentou retração de 4,8%.
Em valores correntes, o montante chegou a R$ 650,11 bilhões no período, o equivalente a 5,9% do total nacional, mantendo-se como o quinto maior do País. As quatro primeiras posições foram ocupadas por São Paulo (31,5%), Rio de Janeiro (10,7%), Minas Gerais (8,9%) e Paraná (6,1%).
Os dados integram o Sistema de Contas Regionais (SCR), que fornece estimativas do desempenho econômico de cada Estado, sob a ótica da produção e da renda. Assim, garante maiores coerência e comparabilidade com o Sistema de Contas Nacionais (SCN).
O levantamento é produzido anualmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com órgãos estaduais de estatística, secretarias estaduais de governo e a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa). No Rio Grande do Sul, o trabalho é realizado pelo Departamento de Economia e Estatística (DEE), vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG).
Análise setorial
O crescimento da agropecuária (15,2%) foi determinado pela recomposição parcial da produção agrícola após os impactos da estiagem de 2022. As culturas da soja e do milho impulsionaram a expansão. O setor aumentou sua participação no Valor Adicionado Bruto (VAB) da economia gaúcha, passando de 8,6% em 2022 para 8,8% em 2023.
Na indústria, o resultado negativo refletiu a queda de 6,8% na indústria de transformação e de 2,5% na construção, apesar dos resultados positivos em eletricidade e gás, água, esgoto, gestão de resíduos e descontaminação (8,7%) e na indústria extrativa (2,0%). A participação do setor no VAB estadual passou de 26,7% para 26,5%.
O setor de serviços, que representa 64,7% do VAB estadual, apresentou crescimento em todas as suas atividades, com destaque para outros serviços (+7,7%), atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (+6,6%), além de informação e comunicação (3,8%).
Já o PIB per capita do Rio Grande do Sul foi de R$ 59.736 naquele ano, valor quase 11% superior à média nacional (R$ 53.886). O dado posiciona o Estado na sétima colocação entre as Unidades da Federação, atrás de Distrito Federal, São Paulo, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.
(Marcello Campos)
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