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Viagem e Turismo Viagem ao Japão pela primeira vez? Saiba o que fazer e o que não fazer

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Apesar de ser um dos destinos mais desejados do momento, o Japão ainda “mete medo” em muita gente. (Foto: Reprodução)

É caro? O fuso horário vai acabar comigo? É difícil de se comunicar? Vou me perder? Tem sushi? É fácil pegar o trem bala? Vou ser preso se falar alto no metrô?

Essas são apenas algumas perguntas que venho respondendo desde que voltei da minha viagem ao Japão. Apesar de ser um dos destinos mais desejados do momento, ele ainda “mete medo” em muita gente. Quero usar minha primeira experiência por lá para aliviar um pouco esse estresse antecipado.

No ano passado, de acordo com a Organização Nacional de Turismo Japonês, 85.609 brasileiros visitaram o país. Desde setembro de 2023, os brasileiros estão isentos de visto para turismo de até 90 dias. Então, parte da burocracia já está resolvida.

Como de praxe, comprar passagens aéreas com alguma antecedência vai garantir preços um pouco melhores. E não, saindo do Brasil, não existe voo direto para Tóquio. Você vai precisar encarar uma conexão. Em média, contando dois voos e mais o tempo entre as conexões, você vai gastar mais de 24 horas para chegar lá.

No meu caso, o voo mais em conta (com uma única conexão) foi via Nova York. A questão aqui é que, ao descer no Aeroporto Internacional John F. Kennedy, você vai precisar retirar suas malas e fazer todo o processo de imigração (passando pela alfandega). Ou seja, quem for fazer a viagem via Estados Unidos precisa estar com o visto americano em dia.

Antes de desembarcar no Japão, vamos falar de dinheiro. É caro? A passagem aérea (na econômica) costuma ser, sim, um pouco mais cara do que uma viagem para Europa ou Estados Unidos. Mas… o dia a dia no país é consideravelmente mais barato do que uma temporada em Nova York ou em cidades europeias como Paris e Londres.

Independentemente de quanto você pretende gastar, leve uma parte em ienes vivos. Por mais tecnológica que a sociedade japonesa seja, muitos estabelecimentos preferem receber em dinheiro ou não oferecem a opção de utilização do cartão de crédito. Outro detalhe, vá conectado – contrate um pacote de internet. Esse é o tipo de gasto que vale muito a pena no Japão, principalmente para utilizar aplicativos como o Google Maps e o tradutor.

Também não deixe de adicionar na carteira eletrônica do seu celular o cartão Suica (uma espécie de vale transporte japonês). Você pode abastecê-lo com dinheiro mesmo antes de viajar. Com ele, você paga as viagens de metrô e até algumas compras ou refeições em lojas de conveniência (tudo direto no celular). Se você preferir, uma versão física deste cartão pode ser adquirida em vários lugares – inclusive nos aeroportos.

Você não vai conhecer o Japão inteiro em uma viagem. Na minha primeira vez, optei pelo básico: Tóquio, Kyoto, Osaka e um bate volta para Hiroshima. Para uma jornada tão longa, acredito que o mais sensato é colocar pelo menos 15 dias de viagem. Faz pouco sentido cruzar o globo para apenas uma semana de passeio.

Por conta da temporada das flores de cerejeira (sakura), o mês preferido dos turistas é abril. Por isso, também é o mês mais caro para ir ao Japão. No meu caso, o mês escolhido foi março. Um pouco mais barato e menos cheio de turistas – e a temperatura é bastante agradável (peguei poucos dias de chuva ou frio intenso).

Entrei no país por Tóquio, chegando no Aeroporto de Haneda. Tudo por lá é bem sinalizado (inclusive em inglês). É possível chegar ao centro de Tóquio por metrô ou trem (com estações no próprio aeroporto).

Os bairros mais recomendados (e centrais) para ficar hospedado em uma primeira viagem são Shinjuku e Shibuya. Fiquei hospedado em Shinjuko em um hotel da rede Toyoko Inn. O quarto é simples, mas confortável e funcional (com diárias totalmente razoáveis e condizentes com o serviço, com café da manhã incluído).

Não tive problemas de jet lag. Minha dica é fazer algo mais tranquilo no primeiro dia – priorizando passeios próximos ao hotel. Tente esticar até umas 22h… Assim, você vai estar sincronizado com o horário local e acordar cedo para iniciar o dia.

No dia dois, além de bater perna pela cidade, você vai andar muito de metrô. O tão propagado silêncio nos vagões não é lenda. Se você ouvir alguém falando alto, pode apostar que é turista. Atenção também para os vagões dedicados apenas a passageiras mulheres.

Nas ruas, só atravesse quando o sinal estiver verde para você (nada de dar aquela corridinha com o farol aberto para os carros).

Tóquio

Minha sugestão é usar as manhãs para conhecer os templos de Tóquio. Não deixe de conhecer o Senso-Ji, o mais antigo templo da cidade. Destaque para a arquitetura do lugar com imponentes lanternas vermelhas. Outro templo imperdível é o Meiji Jingu, um santuário xintoísta dedicado ao Imperador Meiji. Ah, aqui vale uma dica: compre um caderno para coletar os carimbos dos templos e também de algumas estações de metrô. No final, vira um belo souvenir de viagem.

Outro passeio para se fazer de manhã é uma visita ao mercado de peixe de Tsukiji. Jogue-se nas comidinhas. Você vai ter vontade de experimentar tudo – foi de lá o sushi mais fresco e saboroso que já comi na vida.

Otimizei meus dias ao dividir meu passeio pelos bairros de Tóquio, cada um deles com uma característica. Shibuya, por exemplo, é um grande “centrão”, com o cruzamento mais movimentado da cidade (por lá você também encontra os tais sushis de esteira por um preço bem razoável).

Para quem curte anime, jogos eletrônicos e clima jovem, o bairro a ser explorado é o Akihabara. Se a pegada é mais tradicional, passe um dia andando pelo bairro de Asakusa. Para lojas caras e alta gastronomia tente o bairro de Ginza, uma espécie de Jardins japonês.

Quando estiver caminhando por Tóquio, não deixe de usar uma vending machine, máquina de rua que vende água, café, refrigerantes esquisitos e tudo o que você puder imaginar. Absolutamente todas que testei estavam em boas condições de uso e sem nenhum sinal de vandalismo.

Na hora de almoçar ou jantar tente ir além do sushi. A cidade está repleta de bons izakayas, restaurantes, cafés e lanchonetes. Além disso, tem preços para todos os orçamentos de viagens – e boas experiências para qualquer bolso. Recomendo experimentar um shabu shabu, uma espécie de ensopado japonês.

Depois de oito dias de Tóquio, peguei um trem bala para Kyoto. Não gosto da palavra “obrigatório” quando o assunto é viagens, mas, em se tratando de Japão, experimentar um trem bala (Shinkansen) é fundamental. Os tíquetes podem ser comprados em máquinas (ou guichês) nas principais estações de trem ou metrô.

Comprei minhas passagens nas máquinas logo no meu segundo dia de viagens. Existem instruções em inglês e o processo todo é bastante intuitivo. Aqui, o preço é um pouco mais pesado. O trecho entre Tóquio e Kyoto corresponde a uma viagem de quase 2 horas e 15 minutos e custa algo em torno de 14 mil a 16 mil ienes (correspondente a cerca de R$ 500 e R$ 600). (Gilberto Amendola/AE)

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