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Mundo Trump quer conversar com Maduro por telefone, diz site

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O telefonema ainda não teria uma data definida para ocorrer.

Foto: Reprodução
O telefonema ainda não teria uma data definida para ocorrer. (Foto: Reprodução)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse a aliados próximos que quer conversar diretamente por telefone com o líder da Venezuela, Nicolás Maduro, segundo o site Axios, focado em política norte-americana.

A informação foi divulgada no mesmo dia em que o governo dos Estados Unidos incluiu oficialmente em sua lista de grupos terroristas o Cartel de los Soles, organização venezuelana que levaria drogas ao país e que Washington ser chefiada por Maduro.

A intenção de criar uma linha de diálogo é um movimento diplomático da Casa Branca em meio a uma escalada de tensões com Caracas. A Marinha dos EUA reforçou sua frota estacionada no Caribe, e vem conduzindo há meses bombardeios a embarcações supostamente usadas por traficantes de drogas na região.

“Ninguém está planejando entrar lá e atirar nele ou sequestrá-lo — neste momento. Eu não diria que nunca, mas esse não é o plano agora”, disse uma autoridade cuja identidade não foi revelada, ao Axios.

O telefonema ainda não teria uma data definida para ocorrer.

“Temos operações secretas, mas elas não visam matar Maduro. Elas visam deter o narcotráfico”, disse ao site um funcionário da Casa Branca, segundo a reportagem. Mas “se Maduro sair, não derramaremos uma lágrima”.
Desde o início da escalada, especula-se que os EUA possam tentar tirar Maduro do poder na Venezuela por meio de ação militar, incluindo uma possível invasão por terra.

A classificação do Cartel de los Soles como organização terrorista, segundo o presidente dos EUA, Donald Trump, daria aos EUA o poder de atacar alvos ligados a Maduro em território venezuelano. O presidente norte-americano já disse que não deve fazer isso, mas também afirmou que “todas as opções” estão sobre a mesa.

O governo venezuelano acusa Washington de querer forçar uma mudança de regime na Venezuela com a classificação, que Nicolás Maduro chamou de “ridícula” também nesta segunda (24). Washington acusa ainda o Cartel de los Soles de trabalhar com a gangue venezuelana Tren de Aragua, também já designada como organização terrorista estrangeira pelos Estados Unidos, no envio de drogas aos EUA.

Maduro nega a acusação e a própria existência do Cartel de los Soles, que também é contestada por especialistas. Desde setembro, os EUA aumentaram sua presença militar na área e enviaram oito navios de guerra, caças F-35 e o maior porta-aviões do mundo, Gerald Ford, que chegou a águas do Caribe na semana passada.

O governo Trump alega que a operação é voltada apenas a combater o narcotráfico na área. Desde o começo da ação, as forças americanas na região realizaram pelo menos 21 ataques contra supostos barcos de narcotráfico no Caribe e no Pacífico, matando 83 pessoas.

A classificação do governo americano é contestada por quem pesquisa o tráfico internacional de drogas na América Latina.

Para especialistas, Maduro não seria o cabeça da organização, porque o Cartel de los Soles não é um grupo com uma hierarquia definida, mas uma “rede de redes” que facilita o tráfico de drogas e lucra com ele, composta de membros das mais diversas patentes militares e estratos políticos da Venezuela.
Apesar disso, há indícios de que Maduro, mesmo não sendo o líder, é um dos principais beneficiários de uma “governança criminal híbrida” que ele ajudou a instalar no país.

A definição vem do trabalho de Jeremy McDermott, cofundador e codiretor do InSight Crime, uma fundação que estuda o crime organizado nas Américas, já ouvidas por jornais como “The New York Times”, o “The Washington Post” e “The Guardian”.

Para ele, o Cartel de los Soles não é uma organização centralizada como alguns de seus “irmãos” mais famosos, como o Cartel de Sinaloa de “El Chapo” Guzmán ou o Cartel de Medellín, de Pablo Escobar.

Maduro e os chavistas, ele diz, não controlam o tráfico e se beneficiam da compra e venda de cocaína, mas distribuem concessões a militares e aliados, em troca de sua manutenção no poder .

 

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