Terça-feira, 25 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 24 de novembro de 2025
O Egito recebeu de volta um sarcófago de ouro, avaliado em US$ 4 milhões.
Foto: DivulgaçãoO Grande Museu Egípcio, em Gizé, já foi oficialmente aberto ao público e se tornou o maior museu arqueológico do mundo, além do maior dedicado a uma única civilização. Localizado a dois quilômetros das Pirâmides, o complexo ocupa 500 mil m² e reúne mais de 100 mil artefatos que abrangem até 7 mil anos de história.
O principal destaque é a tumba de Tutancâmon, descoberta por Howard Carter em 1922. Pela primeira vez, o conjunto completo será exibido ao público, incluindo a máscara mortuária de ouro, o trono, carruagens e caixões — um deles com mais de 100 quilos de ouro maciço. Logo na entrada, visitantes são recebidos pela estátua de Ramsés 2º, de 11 metros e 83 toneladas, transportada até o museu em 2006 devido à complexidade da operação.
Após a recepção, uma escadaria monumental de seis andares conduz às 12 galerias, ladeada por 59 estátuas, sarcófagos e colunas. O espaço foi projetado para dialogar com a escala e a precisão das pirâmides. Segundo a direção do museu, a instituição é quase duas vezes maior que o Louvre ou o British Museum.
A inauguração ocorreu no dia 1º, com feriado nacional no Egito. Um espetáculo de música, luzes, drones e fogos marcou a abertura, que contou com representantes de mais de 80 países. A ministra da Cultura do Brasil, Margareth Menezes, classificou o espaço como um marco para a preservação do patrimônio da humanidade.
Especialistas que visitaram o museu antes da abertura destacam a qualidade da curadoria e o valor dado ao acervo. Para a egiptóloga Cintia A. Gama-Rolland, a galeria principal permite acompanhar de forma cronológica as diferentes épocas da história egípcia, com peças mais bem apresentadas do que nos museus tradicionais do Cairo.
A conclusão do projeto, orçado em mais de US$ 1 bilhão, simboliza uma vitória para o país após décadas de instabilidades políticas e atrasos. Além de ampliar o acesso ao acervo, o museu reforça o potencial turístico de Gizé. O governo planeja dobrar o número de visitantes até 2030 e estima que o novo complexo receba 5 milhões de pessoas por ano.
Para os brasileiros, uma novidade é o anúncio da retomada dos voos da Latam para o Oriente Médio. Hoje, a rota mais rápida ao Egito é via Istambul, a cerca de 2h30 de voo do Cairo.