Quarta-feira, 03 de dezembro de 2025

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Tecnologia IA “casamenteira” tenta reinventar os aplicativos de namoro

Compartilhe esta notícia:

Os casamenteiros de IA estão transformando os apps para que os usuários não precisem mais deslizar por uma infinidade de perfis. (Foto: Freepik)

Depois de passar anos navegando sem rumo em aplicativos de namoro como Hinge e Tinder, Emma Inge, uma gerente de projetos de 25 anos em São Francisco, decidiu tentar algo diferente.

Em setembro, após clicar em um anúncio que a levou ao site de uma startup chamada Known, Inge passou 20 minutos conversando com uma casamenteira movida por inteligência artificial. A “casamenteira” — essencialmente um chatbot de IA — perguntou, em uma ligação telefônica, o que ela procurava em um parceiro, e ela compartilhou suas preferências (atlético) e seus alertas de comportamento (dependência emocional).

Uma semana depois, uma notificação apareceu em seu celular. Ela tinha um par compatível — e, por uma taxa única de US$ 25, poderia encontrá-lo em um bar.

“Com o jeito que os aplicativos de namoro são hoje, pensei: ‘Ah, por que não tentar?’”, disse Inge. “Vamos fazer isso pela história.”

A experiência dela é um exemplo de como a inteligência artificial está transformando a indústria dos aplicativos de namoro. À medida que startups com casamenteiros de IA surgem, os principais aplicativos — Hinge, Tinder, Bumble e Grindr — tentam incorporar a tecnologia para se reinventar. Eles estão inaugurando uma nova era do namoro on-line, em que as pessoas pagam por alguns poucos pares premium por semana, em vez de assinarem um fluxo interminável de perfis.

“A IA já desempenha um papel importante em nosso negócio, mas acredito que ela tem potencial para ser uma verdadeira virada de chave — o próximo salto tecnológico”, afirmou Hesam Hosseini, diretor de operações do Match Group, dono do Hinge e do Tinder, em entrevista.

A mudança não poderia vir em melhor hora para os aplicativos de namoro, muitos dos quais vêm enfrentando dificuldades. A maioria permite que os usuários criem contas gratuitas, com a opção de pagar por benefícios adicionais, como número ilimitado de “matches” ou curtidas.

Mas a satisfação com os apps caiu, assim como o número de pessoas dispostas a pagar por eles — as assinaturas custam cerca de US$ 30 por mês.

No último ano, o Bumble perdeu 9% de seus assinantes, enquanto o Match Group teve queda de 5%, mesmo com o aumento do número total de usuários de ambos. Embora os assinantes representem uma pequena fatia dos usuários, eles geram a maior parte dos lucros: os 20% de usuários do Match Group que pagam por recursos e assinaturas respondem por 97% da receita.

As ações do Match Group despencaram 80% desde o pico em 2021, enquanto as ações do Bumble caíram 90% desde sua oferta pública inicial no mesmo ano. Juntas, as duas empresas dominam a maior parte do mercado de aplicativos de namoro.

Os aplicativos de namoro enfrentam um obstáculo que o setor chama de “ciclo do desespero”. É quando as pessoas baixam um aplicativo de namoro, ficam exaustas de deslizar perfis ou de serem “ghosted” (terem conversas interrompidas sem explicação), e então o deletam — apenas para baixá-lo novamente meses depois.

Segundo Hesam Hosseini, uma mudança em direção a casamenteiros com inteligência artificial lembraria os primeiros dias do namoro on-line, quando sites como o eHarmony pediam que os usuários respondessem 80 perguntas sobre si mesmos para montar um perfil.

Embora muitas startups já ofereçam casamenteiros de IA, os grandes aplicativos estão apenas começando a lançar suas próprias versões. O Tinder está testando um serviço de compatibilidade com IA chamado Chemistry, que deve ser expandido ainda este mês.

Os usuários poderão dar ao aplicativo acesso à galeria de fotos, que a IA analisará para aprender mais sobre eles. O serviço será gratuito inicialmente, mas o Tinder poderá começar a cobrar no futuro.

O Grindr, aplicativo de namoro voltado para homens gays, também lançou seis ferramentas de IA que chama de gAI (pronuncia-se “gay-eye”). Elas incluem um “padrinho virtual” (wingman) que oferece conselhos sobre conversas, uma ferramenta de IA capaz de reintroduzir antigos matches e resumos gerados por IA dos perfis das pessoas. O CEO George Arison afirmou que o Grindr planeja incluir os recursos mais populares em um plano premium de assinatura.

O Hinge, com cerca de 15 milhões de usuários, utiliza uma ferramenta de IA que fornece feedback sobre os perfis. Neste ano, a empresa reprogramou seu algoritmo de compatibilidade com IA generativa para aprender melhor as preferências dos usuários, o que aumentou o número de combinações em 15%, segundo Hosseini.

O Bumble informou que planeja lançar um aplicativo de namoro com IA até o fim do ano, acrescentando que ainda não definiu o modelo de negócios, mas poderá cobrar por cada combinação.

O Facebook Dating, serviço de namoro dentro do aplicativo Facebook, recentemente introduziu um recurso de IA que permite aos usuários descrever seu par ideal — por exemplo: “morena, trabalha com tecnologia, mora em Nova York” — para então conectá-los com pessoas reais que se encaixem nessa descrição. (Com informações do The New York Times)

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Tecnologia

Última superlua do ano poderá ser vista no Brasil nesta quinta
Guerreiras: cuidados com parentes com demência recaem sobre as mulheres em 86% dos casos
https://www.osul.com.br/ia-casamenteira-tenta-reinventar-os-aplicativos-de-namoro/ IA “casamenteira” tenta reinventar os aplicativos de namoro 2025-12-03
Deixe seu comentário
Pode te interessar