Quarta-feira, 03 de dezembro de 2025
Por Redação O Sul | 3 de dezembro de 2025
Entre aqueles que já definiram seus presentes, o vestuário aparece como a categoria mais mencionada
Foto: Rovena Rosa/ABrO Natal, data mais aguardada do ano pelo varejo, deve movimentar a economia gaúcha nas próximas semanas. De acordo com uma pesquisa da Federação Varejista do Rio Grande do Sul, 80,2% dos consumidores do Estado pretendem realizar compras, gastando uma média de R$ 626 para uma compra média de 3,2 presentes.
O valor corresponde a cerca de R$ 196 por item, valor acima da estimativa nacional de R$ 174 projetada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).
“Isso reforça a força do consumo no Estado”, pondera o presidente da Federação, Ivonei Pioner.
O levantamento realizado entre os dias 13 e 24 de novembro, com 645 consumidores de quase 60 municípios gaúchos mostra que, em relação ao Natal passado, 38% dos entrevistados afirmam que gastarão o mesmo valor, 33% pretendem investir mais e 28,62% gastarão menos.
Mesmo entre os que vão às compras, a indecisão é elevada: 60% ainda não sabem o que comprar. Segundo a Federação Varejista, esse comportamento abre espaço para ampliar os negócios.
“O consumidor está disposto a comprar, mas ainda inseguro sobre o que levar para casa, e essa indecisão representa uma enorme oportunidade. Quem estiver preparado para orientar, acolher e facilitar a jornada de compra certamente vai conquistar mais clientes neste Natal”, opina Pioner.
Entre aqueles que já definiram seus presentes, o vestuário aparece como a categoria mais mencionada, com 40,54%, seguido por brinquedos e itens infantis (27,76%), casa e utilidades (7,13%), eletrônicos e eletrodomésticos (6,14%) e outras opções (18,43%). Os consumidores planejam adquirir, em média, 3,2 presentes, sendo que 26,94% pretendem comprar cinco itens. Os principais destinatários são filhos (51%), cônjuges (35%) e pais ou mães (21%).
No que se refere aos meios de pagamento, o cartão de crédito permanece como a principal preferência do consumidor gaúcho (33%), mas o Pix já aparece muito próximo, com 28% das menções, confirmando sua consolidação como ferramenta cotidiana de compra.
Dinheiro (19%) e débito (18%) complementam o quadro, enquanto o crédito oferecido pelas lojas mantém participação residual de 2%. A maior parte dos entrevistados, cerca de 65%, pretende pagar à vista, e 35% planejam parcelar suas compras.
Os canais utilizados para buscar informações sobre ofertas e produtos revelam a força crescente do ambiente digital, com destaque para sites de lojas (32%), Instagram (28%) e sites de pesquisa (25%). As lojas físicas, no entanto, continuam tendo papel relevante, já que 28% dos consumidores ainda buscam informações diretamente no ponto de venda.
Essa presença se reflete também na intenção de compra: 53% afirmam preferir o comércio local de rua e 20% os shoppings, enquanto 16% citam o e-commerce local e 11% o e-commerce de outras localidades.
A pesquisa demonstra ainda que consumidores que utilizam redes sociais têm maior propensão a optar pelo comércio virtual e que esse grupo apresenta ticket médio mais elevado, de R$ 910 em comparação aos R$ 649,07, entre aqueles que não demonstram preferência pelo online. “Essa diferença evidencia a importância de o varejista investir em canais online sem abandonar a fortaleza do comércio local”, avalia Pioner.
No que diz respeito à antecedência das compras, a maioria dos consumidores se organiza perto da data: 42% realizam suas compras cerca de quinze dias antes do Natal e 28% uma semana antes, enquanto 12% deixam para a véspera ou para o próprio dia.
Há ainda um grupo de 19% que já começou ou até concluiu suas compras.
“Os resultados indicam um ambiente de consumo com boa intenção de compra, mas ainda marcado por cautela e indecisão, reforçando a importância do atendimento qualificado, da ambientação das lojas e da presença digital integrada como estratégias fundamentais para atrair e fidelizar clientes neste período”, diz Pioner sobre a pesquisa, cuja amostra foi de 71,4% de mulheres e 28,6% de homens, tendo 95% de intervalo de confiança e 5% de margem de erro.