Segunda-feira, 29 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 29 de maio de 2015
Uma sexta-feira tensa. Assim deve acontecer a eleição para presidente da Fifa, em Zurique (Suíça), onde dirigentes de todo o mundo estão reunidos para a escolha do novo mandatário durante o 65° Congresso da entidade máxima do futebol. Há apenas dois candidatos: Joseph Blatter, que tenta o quinto mandato consecutivo, e o príncipe jordaniano Ali bin al-Hussein. O vencedor é uma incógnita depois do escândalo que estourou esta semana envolvendo a Fifa e dirigentes de federações, entre os quais o ex-presidente da CBF José Maria Marín, detido pelo FBI e pelas autoridades suíças. A pressão sobre Blatter vem de todas as direções.
O mandatário da Uefa, Michel Platini, que chegou a pensar em enfrentar Blatter nas urnas, foi duro e pediu pessoalmente a renúncia do atual presidente: “Sim, acho que Blatter pode ser vencido. Antes de tudo que ocorreu nesta quarta, não, mas depois disso, sim. É demais! É demais! Estou consternado, farto e com nojo de tudo que está acontecendo”.
Nesta quinta (28), o atual presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, abandonou Zurique e embarcou de volta para o Brasil. O dirigente optou por não votar hoje. Até David Gill, vice-presidente da Fifa, declarou que deixará o cargo se Blatter vencer a eleição nesta sexta.
Como funciona o pleito
A eleição é com voto secreto e o ganhador ficará no cargo por quatro anos. O corpo eleitoral é composto pelas 209 federações que integram a Fifa (cada uma tem direito a um único voto). Para ser eleito no primeiro turno, o candidato precisa somar os dois terços dos votos dos membros presentes. Para o segundo turno e eventuais turnos seguintes, o mandatário é eleito se conseguir mais de 100% dos votos. Por volta do meio-dia (horário de Brasília), o nome do escolhido já será conhecido. Até lá, a tensão deve ser a marca de uma eleição manchada por um escândalo sem precedentes.