Por Redação O Sul | 9 de abril de 2016
O Vaticano divulgou nessa sexta-feira as novas diretrizes do papa Francisco para as vidas das famílias católicas do mundo. Segundo o pontífice, a Igreja deverá ser mais compreensiva em relação realidade moderna. Em um texto intitulado “A Alegria do Amor”, resultado de dois anos de debates internos, o líder religioso menciona a necessidade de integração e acolhimento aos homossexuais e divorciados.
Apesar de pedir “menos julgamento e mais compreensão”, não abandonou a postura conservadora, mantendo condenação ao aborto e ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. “A família é entre homem e mulher, para gerar filhos”, ressaltou. “A contracepção deve ser natural e a educação sexual não deve ser tão focada em sexo seguro, como se um filho fosse um inimigo. Usem o bom senso.”
Francisco não mencionou uma possível retirada do veto à comunhão por parte das pessoas que optam pela separação matrimonial.
O documento, com mais de 250 páginas, teve por base dois encontros de bispos e cardeais, além da opinião de famílias católicas de todo o mundo, que responderam a um questionário enviado pelo Vaticano. A repercussão foi de críticas e elogios: para os conservadores, um passo ousado. Já para quem esperava grandes mudanças na Igreja, uma decepção. (AG)
