Sexta-feira, 16 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 10 de abril de 2016
O presidente do Santander, Sérgio Rial, é voz destoante no empresariado. Enquanto vários colegas passaram a dizer abertamente que não há saída para a crise com Dilma Rousseff no Palácio do Planalto, Rial afirma que a presidenta ainda é capaz de recuperar a confiança na economia. “Não há nenhum ponto tão baixo que não possa melhorar, desde que se encontre a agenda correta”, afirma o banqueiro. “Não é a ruptura que vai levar a uma solução”, diz ele.
Apesar da posição claramente favorável à presidenta, Rial não diz se é a favor ou contra o impeachment. E o vice Michel Temer, daria certo no lugar de Dilma? “Sempre existe o risco de que só a mudança no Executivo não gere a concertação política” capaz de tirar o País do atoleiro.
No comando desde janeiro do terceiro maior banco privado do País, Rial afirma que a crise econômica só não é pior porque os bancos estão segurando as pontas das grandes empresas e renegociando suas dívidas. De acordo com ele, se bancos e investidores exigissem hoje que as empresas pagassem em dia, elas não teriam condições de honrar seus compromissos. “Os bancos estão envolvidos em um esforço de prorrogar, refinanciar, repensar, redesenhar tudo. Não interessa a ninguém que as empresas quebrem, que mais gente fique desempregada.” (Folhapress)