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| Aplicativo se populariza com janelas para bisbilhotar a vida alheia

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Periscope foi comprado pelo Twitter antes mesmo de ser lançado ao público. (Crédito: Reprodução)

“Não nos consideramos um negócio de streaming ao vivo, mas sim, um negócio de teletransporte.” A frase não foi dita por um fã de “Jornada nas Estrelas” brincalhão, mas por Kayvon Beykpour, CEO e fundador de um dos aplicativos mais comentados do ano, o Periscope.
Embora seja brincadeira, a afirmação tem lá seu sentido: o aplicativo de transmissão de vídeos em tempo real funciona como um agregador de “janelas” para diferentes locais e realidades: uma navegada pelo feed do aplicativo revela vídeos enviados dos Estados Unidos, Reino Unido, Emirados Árabes e Turquia, entre outros países.

“São quatro da manhã e o Periscope é a coisa mais legal que existe. Estive na Inglaterra, Austrália e Singapura sem sair da cama”, tuitou uma usuária.

“Existem muitas coisas boas acontecendo no mundo nesse momento para as pessoas acompanharem”, ressaltou Beykpour. “Acreditamos que o live streaming é boa mecânica para cobrir isso”, completou.

O aplicativo aposta nessa ideia de que o usuário pode “visitar” esses locais sem sair do celular, podendo interagir com o que aparece na tela, através de comentários e “corações”, o equivalente do Periscope do “curtir” da rede social Facebook. É claro que a plataforma não é só para olhar, mas para se mostrar.

Em uma era em que nos projetamos para o mundo de diversas formas possíveis, o sucesso do Periscope parece o próximo passo lógico. Depois do perfil em rede social cuidadosamente construído, das opiniões formadas sobre quase tudo, da febre da selfie, chegou a vez da transmissão pessoal em vídeo ao vivo. Fundado no ano passado, o aplicativo nem teve tempo de chegar ao público e já foi garfado pelo Twitter por cerca de 100 milhões de dólares em março. Investidores acreditam que o Periscope desempenhará um papel importante no microblog.

Em pouco tempo, celebridades, jornalistas, viajantes e pessoas no seu dia a dia estavam fazendo do app um dos sucessos de 2015. O potencial para jornalismo-cidadão é enorme, como provou seu uso nos protestos de Baltimore, EUA. Em geral, porém, as cenas são prosaicas: a cantora Claudia Leitte fazendo palhaçadas em uma mesa de restaurante; um turista filmando seu passeio em Roma (Itália); um homem tentando sair da cama no domingo.
1 milhão de pessoas nos primeiros dez dias.

Segundo a empresa, a ferramenta chegou a 1 milhão de usuários nos primeiros dez dias de funcionamento. Em uma palestra, Beykpour disse que os usuários haviam assistido a 380 anos de conteúdo desde a estreia, cerca de dez anos de conteúdo diários. Com sua chegada ao sistema Android (ele só estava disponível para iOS), o Periscope tem tudo para ampliar esse alcance.

Mas qual o motivo de tanta atenção em cima do aplicativo, sendo que já existiam serviços que faziam o que ele faz? Para Beykpour, a melhoria das redes de celular e dos aparelhos móveis propiciaram as condições para que as transmissões em vídeo pudessem ocorrer sem percalços. “Hoje, há muito menos atraso na transmissão. Há alguns anos atrás, o Periscope não teria sido possível. Esses serviços web de antes não foram construídos para a era do mobile e , sim, para um conjunto de equipamentos que incluía câmera, um laptop e um tripé.”
Como costuma acontecer, muitos na rede rapidamente tratam de utilizar uma novidade tecnológica para práticas não aprovadas pelos criadores ou pela lei. Em maio, a autoproclamada “luta do século” entre os pugilistas Floyd Mayweather Jr. e Manny Pacquiao, disponível apenas no pay-per-view nos Estados Unidos, ganhou milhares de transmissões paralelas através de usuários que filmavam as telas de suas TVs com o celular, possibilitando que um público não-pagante do conteúdo pudesse assisti-lo.
Empresários do boxe e da TV não gostaram, ao contrário do presidente do Twitter, Dick Costolo, que tuitou que o Periscope era “o vencedor da noite”. No dia seguinte, a empresa criadora do aplicativo condenou em nota o uso pirata de seu produto, que teria abrigado pelo menos 66 transmissões da luta.

Beykpour acredita que houve exagero na repercussão deste caso. (AE)

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https://www.osul.com.br/aplicativo-se-populariza-com-janelas-para-bisbilhotar-a-vida-alheia/ Aplicativo se populariza com janelas para bisbilhotar a vida alheia 2015-06-07
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