Sábado, 06 de dezembro de 2025
Por Redação O Sul | 13 de setembro de 2016
Por 450 votos a favor, dez contra e nove abstenções, na noite dessa segunda-feira o plenário da Câmara dos Deputados cassou o mandato de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ex-presidente da Casa. O processo foi motivado pela quebra do decoro parlamentar, por mentir à CPI da Petrobras, em março de 2015, quando negou manter contas bancárias no exterior. O fato, aliás, voltou a ser rejeitado pelo peemedebista na tribuna, durante a apresentação de sua defesa.
Além da perda do mandato, o polêmico parlamentar de 57 anos fica inelegível por oito anos a partir de 2018, quando terminaria o seu mandato. Com isso, ele está proibido de disputar eleições até 2026, quando estará com 67 anos.
Além disso, Cunha perderá foro privilegiado, ou seja, o direito de ser processado e julgado somente pelo Supremo Tribunal Federal. Assim, os inquéritos e ações a que responde na Operação Lava-Jato deverão ser enviados para a primeira instância da Justiça Federal.
Coletiva
Minutos após o resultado da votação, Cunha concedeu entrevista coletiva. “Não foram os meus erros que me levaram à cassação, mas um processo de vingança política, em ano eleitoral”, declarou. Sobrou até para a mídia: “Durante mais de um ano, fui alvo de uma campanha sem trégua na Rede Globo”.