Sexta-feira, 31 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 19 de junho de 2015
 
				A PF (Polícia Federal) e o MPF (Ministério Público Federal) afirmaram nesta sexta-feira (19) que as empresas Odebrecht e Andrade Gutierrez, alvos da 14ª fase da Operação Lava-Jato, agiam de forma mais “sofisticada” no esquema de corrupção na Petrobras. Esse diferencial, de acordo com o procurador do MPF Carlos Fernando dos Santos Lima, estava no pagamento de propina a diretores da estatal via contas bancárias no exterior.
A 14ª fase da ação foi deflagrada em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul e teve como alvo as duas empreiteiras. Entre os detidos, estão o presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht; os executivos da empresa Alexandrino Alencar, Márcio Faria e Rogério Araújo; e o presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Marques Azevedo. Todos os presos serão levados para a carceragem da PF em Curitiba ainda nesta sexta-feira. Segundo o delegado Igor Romário de Paula, o deslocamento será feito em um avião da corporação.
Nova fase
Essa nova etapa, conforme os investigadores, é uma continuidade da 7ª fase da Lava-Jato, na qual diversos executivos e também funcionários das maiores empreiteiras do Brasil foram presos. Enquanto essas empresas tinham o doleiro Alberto Youssef como operador do esquema de corrupção na Petrobras, a Odebrecht e Andrade Gutierrez promoviam a lavagem de dinheiro com depósitos no exterior.
“Uma série de colaboradores nos indicou o caminho dos valores no exterior e isso facilitou, e chegamos a este momento, que nós definimos a necessidade dessas prisões”, disse o procurador do MPF. Segundo ele, não há dúvidas de que ambas capitaneavam o esquema de cartel e corrupção na Petrobras. Lima acredita que a decisão das empresas de não promoverem investigações internas sobre a denúncia é um sinal de que, de fato, estão envolvidas nas irregularidades. (AG)