Domingo, 04 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 21 de janeiro de 2017
Água limpa é um convite perfeito para entrar no mar. Mas é preciso se manter atento ao que as bandeiras hasteadas nas guaritas indicam. Ontem, a cor amarela sinalizava “cuidado no mar” e mesmo assim os salva-vidas tiveram muito trabalho para manter os banhistas em área fora de risco. A imprudência presente em todos os verões fez com que os sargentos John e Antunes da guarita 75 em Capão da Canoa colocassem em prática toda a técnica de salvamento no mar. Por volta das 16h, uma veranista de Erechim, de 17 anos, se afogou e precisou ser levada de ambulância.
Na mesma tarde, outro resgate grave precisou ser feito bem próximo dali, na guarita 66, e com isso a chegada da ambulância tornou-se mais demorada. Enquanto isso, a jovem recebia os primeiros socorros na areia. Sem forças para sair caminhando, precisou ser carregada às pressas.
John aplicou o serviço de primeiros socorros na jovem. Foto: Jackson Ciceri / O Sul
Com muitos curiosos no entorno, Antunes ficou encarregado de manter o círculo de pessoas mais afastado e John controlava o pulso, batimentos e respiração da jovem. O grau de afogamento dela era de nível 3, podendo evoluir para 4, caso o pulso radial enfraquecesse. “Com isso foi preciso todo cuidado necessário, pois também poderia sofrer uma parada respiratória”, destaca Antunes.
Durante o procedimento de primeiros socorros, os salva-vidas mantiveram a jovem de lado, pois segundo John, o primeiro pulmão a encher de água é o direito, para que não houvesse perigo de passar para o lado esquerdo. “Pelo estado físico da moça, mesmo enfraquecida, deu para perceber que grande parte da água foi parar no estômago dela, se isso não acontecesse, o caso teria se agravado”, explica.
Foto: Jackson Ciceri / O Sul
Antunes ressalta aos veranistas que tomem o maior cuidado possível ao entrar no mar, pois o litoral gaúcho apresenta muitas correntes de retorno, gerando afogamentos frequentes.