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Brasil Funcionária de empresa dona de frigoríficos operava em uma sala do Ministério da Agricultura

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PF deflagrou a Operação Carne Fraca na sexta-feira (Foto: PF/Divulgação)

Grampos da PF (Polícia Federal) da Operação Carne Fraca revelam que funcionários da BRF chegavam a acessar, dentro do Ministério da Agricultura, sistemas de emissão de certificados que atestam a qualidade de produtos. As investigações miram agentes de fiscalização das superintendências de Minas Gerais e Goiás, vinculadas à pasta.

A decisão do juiz federal Marcos Josegrei da Silva, da 14ª Vara Criminal Federal de Curitiba, base da Carne Fraca, que decretou prisões preventivas, temporárias, conduções coercitivas e buscas e apreensões contra os investigados, revela que o gerente de Relações Institucionais e Governamentais da Brasil Foods (BRF S/A), Roney Nogueira dos Santos, “influencia na escolha e substituição de fiscais para as unidades da empresa à liberação de unidades às vésperas de serem interditadas”.

A fim de exercer e manter influência sobre as fiscalizações, o executivo, segundo o juiz, “alcança dinheiro a servidores públicos, remunera diretamente fiscais contratados, presenteia com produtos da empresa, se dispõe a auxiliar no financiamento de campanha política e até é chamado a intervir em seleção de atleta em escolinha de futebol”.

As gravações da PF autorizadas pela Justiça dão conta de diálogos entre Roney Nogueira dos Santos, preso no sábado, e o fiscal do Ministério da Agricultura Daniel Gouvêa Teixeira, denunciante do esquema, sobre a existência de fiscais da pasta que deixavam funcionários das empresas ocuparem suas mesas no órgão público, utilizando senhas de acesso para a emissão de documentos.

Em um áudio interceptado, o denunciante diz ao executivo que uma funcionária ficou sozinha, em uma sala do ministério, manipulando os documentos – a senha foi fornecida por um servidor.

O que diz a empresa

A BRF informou, por nota, que não compactua com práticas ilícitas e refuta categoricamente qualquer insinuação em contrário. Segundo a nota, a BRF não tolera qualquer desvio de seu manual da transparência e da legislação brasileira e dos países em que atua. Ainda de acordo com a empresa, Roney apresentou-se voluntariamente às autoridades brasileiras na manhã de sábado, vindo da África do Sul, onde estava a trabalho, para prestar todos os esclarecimentos necessários às autoridades. (AE) 

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https://www.osul.com.br/funcionaria-de-empresa-dona-de-frigorificos-operava-em-uma-sala-ministerio-da-agricultura/ Funcionária de empresa dona de frigoríficos operava em uma sala do Ministério da Agricultura 2017-03-20
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