Sexta-feira, 07 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 4 de abril de 2017
Susan Rice, conselheira de Segurança Nacional de Barack Obama, segundo registros na movimentação de computadores na Casa Branca durante o governo Obama, foi a pessoa que pediu para “tirar a tarja” de nomes de assessores de Trump durante a campanha. A informação havia sido vazada para o influente jornalista Eli Lake. Rice no entanto, nega o vazamento.
Não é a primeira vez que polêmicas giram em torno da ex-funcionária de Obama. Cumprindo ordens para amenizar a repercussão política, Rice fez declarações, em 2012, que resultaram em sua transferência de embaixadora na ONU para assessora de Segurança Nacional. Um prêmio, embora não tenha chegado a substituir Hillary Clinton como secretária de Estado.
Tirar a tarja
“Tirar a tarja”, “desmascarar” é o ato de identificar conversas de cidadãos americanos captadas em escutas de estrangeiros suspeitos de espionagem, terrorismo e outros crimes. O sistema protege a identidade de quem não têm nada a ver com a investigação, aparecendo de forma incidental, ou que não tem grampo autorizado por juiz.
Susan Rice era uma das cerca de vinte autoridades autorizadas a “tirar a tarja” e fez isso várias vezes nos últimos sete meses do governo Obama, o que inclui a etapa final da campanha presidencial.
As conversas em sua maioria nada tinham a ver com contatos com representantes do governo russo. Susan Rice tinha autorização para pedir os nomes, mas não poderia divulgá-los para a imprensa.
Rice disse recentemente em entrevista não saber nada sobre o caso. O detalhe é que a entrevista foi dada a uma emissora pública, a PBS, considerada totalmente pró-Obama, e que teve verbas cortadas por Trump.
Susan Rice fez uma carreira invejável na política externa, lembrando Condoleezza Rice – qualquer semelhança com o sobrenome é mera coincidência. Susan foi acadêmica, subsecretária de Estado de Bill Clinton, embaixadora na ONU e conselheira de Segurança de Obama. Envolveu-se, no entanto, em alguns casos de desaforos públicos. É casada com um jornalista canadense.
A interferência de Susan Rice no acesso e identificação das escutas envolvendo equipe de Trump acabam repercutindo em outros casos. O primeiro é a afirmação de Trump pelo Twitter de que Obama havia grampeado a Trump Tower, mesmo que não tenha sido o próprio Obama. O segundo é a chamada “conexão russa”, embora os contatos do círculo de Trump com representantes russos ainda não estejam esclarecidos.