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Por Redação O Sul | 28 de abril de 2017
A PF (Polícia Federal) deflagrou, na manhã dessa sexta-feira, a Operação Satélites 2, relacionada à Operação Lava-Jato. O principal alvo é o advogado Bruno Mendes, ligado ao senador Renan Calheiros (PMDB-AL). Os agentes fizeram busca e apreensão no escritório de Mendes, em Brasília.
Ao todo, a operação cumpriu dez mandados, de busca e apreensão, autorizados pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava-Jato no STF (Supremo Tribunal Federal). A primeira fase da Satélites foi deflagrada em março. A operação tem esse nome porque os alvos são pessoas próximas aos políticos investigados na Lava-Jato no âmbito do STF.
Na ocasião, os mandados tiveram como alvos pessoas ligadas a Calheiros, ao presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), e aos também o senadores Humberto Costa (PT-PE) e Valdir Raupp (PMDB-RO). Eles negaram envolvimento em qualquer tipo de irregularidade.
Também foram feitas buscas na casa de uma ex-assessora do senador Romero Jucá (PMDB-RR), na residência de um assessor do ex-presidente e ex-senador José Sarney, também do PMDB, e em um endereço de uma pessoa ligada ao senador Garibaldi Alves (PMDB-RN).
Conversa sobre a Lava-Jato
Bruno Mendes era um dos advogados de Calheiros presentes em uma conversa que foi gravada pelo ex-presidente da Transpetro e um dos delatores da Lava-Jato Sérgio Machado.
As gravações, apresentadas por Machado em 2016, contêm conversas de uma reunião na casa do então presidente do Senado com a participação do ex-ministro da Transparência, Fiscalização e Controle Fabiano Silveira, quando ele ainda era conselheiro do CNJ (Conselho Nacional de Justiça). Após a divulgação da conversa, Silveira deixou o ministério de Temer.
Segundo Machado, houve troca de reclamações sobre a Justiça e a Operação Lava-Jato. Na gravação, Silveira faz críticas à condução da Lava-Jato pela Procuradoria e dá conselhos a investigados na operação. (AG)