Quarta-feira, 19 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 9 de maio de 2017
O juiz Friedmann Wendpap, da 1ª Vara Federal de Curitiba (PR), mandou nessa terça-feira a retirada de manifestantes que ocupavam o pátio ferroviário da empresa ALL América Latina Malha Sul, após a identificação de diversas pessoas e barracas do terreno, próximo à estação rodoferroviária da cidade e onde são realizadas manobras de trens.
O grupo está na cidade para acompanhar o interrogatório do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo juiz federal Sérgio Moro, às 14h desta quarta-feira. A oitiva ocorrerá no âmbito da ação penal que investiga o caso do triplex do Guarujá (SP).
As forças policiais calculam que 50 mil pessoas devem chegar à cidade. Muitas delas já estão acampadas na capital paranaense, à espera do o “Dia D” de Lula na Operação Lava-Jato.
“Todas as pessoas e estruturas que ali se encontram estão em risco, tando para a operação ferroviária como para os indivíduos que ali estão invadido”, alegou a empresa no pedido de reintegração e manutenção de posse da área.
Na decisão, o magistrado aponta registros fotográficos que demonstram a existência de pessoas na área e o levantamento de barracas ao lado dos trilhos do trem. “Não há delimitação física entre o terreno que permanece na posse da União e a área operacional de uso da ALL, de modo que os manifestantes ao ocuparem o lote extrapolaram a zona acordada”, assinalou.
Já o coordenador do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) no Paraná, Roberto Baggio, alegou que a ocupação no terreno foi autorizada pela Superintendência do Patrimônio da União, por meio de um acordo com o governo do Estado e o Ministério Público.