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Por Redação O Sul | 22 de maio de 2017
Em tom de pronunciamento, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nessa segunda-feira que o Poder Legislativo não será instrumento de desestabilização do governo e indicou que não aceitará nenhum dos 14 pedidos de impeachment já protocolados contra o presidente Michel Temer.
“Neste momento de crise profunda, mais importante do que independência é o compromisso com a agenda de recuperação econômica do País”, argumentou. “Precisamos de todas as nossas energias focadas na agenda econômica.” Esta foi a primeira vez em que ele se manifestou, desde a noite de quarta-feira, quando foram publicadas as primeiras informações da delação premiada do grupo JBS/Friboi.
Perguntado objetivamente se aceitaria algum dos pedidos de impeachment, Maia desconversou, reiterando que a pauta do Congresso Nacional é econômica. O presidente da Câmara afirmou que esta semana quer votar MPs (Medidas Provisórias) e marcou para o dia 5 de junho o início da votação da reforma da Previdência – matéria tida como a mais importante para o governo.
Ele ressaltou que cada Poder tem que exercer seu papel e que o da Câmara é o de legislar. “O presidente Temer vai continuar se defendendo e a Justiça e o Ministério Público devem seguir com as investigações”, avaliou. “É preciso paciência e diálogo para que a crise seja superada.”
No domingo, Maia esteve com Temer pela manhã e à noite, quando participou, com outras 40 pessoas, de uma feijoada para ouvir do chefe do Executivo a sua defesa contra as denúncias do empresário Joesley Batista, um dos donos do JBS, de que Temer avalizou pagamentos de propina para comprar o silêncio do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha.