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Brasil Repórter de TV presa no litoral por suspeita de envolvimento com facção chega a SP

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Momentos diferentes - a prisão e a liberdade. (Foto: Reprodução)

Chegou na tarde desta terça-feira (4) à capital paulista a jornalista e advogada Luana de Almeida Domingos, de 32 anos, presa nesta manhã no litoral paulista numa ação conjunta entre a Polícia Civil de São Paulo e a do Rio de Janeiro.
Luana Don, como a repórter de TV é conhecida profissionalmente, era procurada sob a suspeita de transmitir ordens do PCC (Primeiro Comando da Capital) para presos e membros que estavam nas ruas. A facção criminosa é conhecida por atuar fora e dentro dos presídios paulistas.

Ela possuía mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça por indícios de participação nos crimes de corrupção ativa e por integrar organização criminosa. Luana era procurada desde novembro de 2016, quando foi deflagrada a Operação Ethos, coordenada pelo Ministério Público (MP) de São Paulo. A ação visava prender e combater advogados que comandavam esquema de pagamento de propina a agentes públicos e membros de direitos humanos para favorecer o PCC.

Luana, que também está sendo chamada por policiais de “musa do crime”, estava sem trabalhar desde a operação policial. Ela foi presa nesta manhã em Ilhabela. Segundo as investigações, a mulher atuava como “pombo-correio” da “sintonia dos gravatas”, na qual advogados eram pagos pelo PCC para repassarem os planos criminosos da facção. O grupo consegue dinheiro com o tráfico de drogas e assaltos.

Ela também teria passado informações para integrantes da facção que atuam no Rio de Janeiro. Por esse motivo, a prisão dela foi feita em parceria com a Desarme (Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos) do Rio. A reportagem não conseguiu localizar os advogados da presa para comentar o assunto.

Quem acompanha a prisão é o Decade (Departamento de Capturas e Delegacias Especializadas) da polícia paulista. É para a sede do departamento, anexa ao prédio da Polícia Civil, que Luana foi levada.

Segundo os policiais, ela estava escondida numa casa na Rua Manoel Guerra do Amaral no litoral paulista. A foto dela estava na lista dos mais procurados do site da Polícia Civil de São Paulo, que poderia oferecer recompensas de até R$ 50 mil que levassem até a prisão da mulher.

A jornalista e advogada já havia trabalhado entre 2012 e 2015 como repórter de uma rede de televisão em São Paulo.

Operação

Em novembro de 2016 a Polícia Civil e o Ministério Público de São Paulo realizaram uma operação para prender 41 pessoas que seriam ligadas ao PCC, facção criminosa que atua dentro e fora dos presídios paulistas. A operação, batizada de Ethos, aconteceu simultaneamente em cerca de 20 municípios e pelo menos 33 suspeitos foram presos só pela manhã – a maioria advogados.

Suspeitas do MP

A investigação começou em Presidente Prudente, onde estão dois presídios de segurança máxima. Em maio de 2015, uma carta foi interceptada por um agente penitenciário, durante procedimento de varredura de rotina. A partir dela, a Polícia Civil descobriu uma célula denominada “sintonia dos gravatas” – modo como é tratado o departamento jurídico da facção criminosa. Ela foi criada inicialmente para prestação de serviços exclusivamente jurídicos aos líderes da facção, mas acabou evoluindo, e seus integrantes passaram a ter outras funções na organização.

Atualmente essa célula simulava visitas jurídicas aos líderes presos, fazendo elo de comunicação de atividades criminosas entre os presos e aqueles que estão em liberdade, em “verdadeiras relações de promiscuidade”, segundo a Polícia Civil. (AG)

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https://www.osul.com.br/reporter-de-tv-presa-no-litoral-por-suspeita-de-envolvimento-com-faccao-chega-sp/ Repórter de TV presa no litoral por suspeita de envolvimento com facção chega a SP 2017-07-04
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