Segunda-feira, 29 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 28 de julho de 2017
Colegas do ex-presidente do BB (Banco do Brasil) e da Petrobras Aldemir Bendine, preso pela Lava-Jato, dizem não ter dúvidas de que ele deve partir para a delação premiada caso sua prisão temporária se converta em provisória, quando não há prazo para a soltura. Bendine é descrito como depressivo e fumante inveterado, vício que será obrigado a abandonar na carceragem da PF (Polícia Federal). Há dúvidas se ele terá provas para revelações que vier a fazer. Mas há uma certeza: se ele falar, seu alvo será o ex-ministro Guido Mantega, de quem era muito próximo.
Missão
Bendine também era muito próximo de Dilma Rousseff, que o nomeou para a Petrobrás. Foi na gestão dele que a empresa revelou ter destruído áudios das reuniões sobre a compra de Pasadena, negócio autorizado pela petista.
Foi Gilberto Carvalho quem convenceu Lula a nomear Aldemir Bendine presidente do Banco do Brasil. Ex-aliado de Aldemir Bendine, o atual presidente do BB, Paulo Caffarelli, se afastou dele ainda na gestão Dilma.
Os dois se estranharam quando Bendine pediu a Dilma para que seu sucessor no comando do banco fosse Alexandre Abreu e não Caffarelli, que já estava praticamente nomeado.
Aldemir Bendine ainda tem três aliados na estrutura do BB. O vice-presidente de varejo e gestão de pessoas, Walter Malieni; o vice-presidente de negócios e atacado, Maurício Maurano, e Paulo Ricci, chefe do BB DTVM.
Aliados de Aldemir Bendine no Banco do Brasil já dizem pelos corredores do banco que foram traídos por ele.
Lava-Jato e repercussões
Já fazia dois meses que a Lava-Jato não ia para as ruas. A fase anterior, batizada de Operação Poço Seco, tinha ocorrido em 26 de maio.
Cotado para presidir o PSDB, o governador de Goiás, Marconi Perillo, participa de assinatura de convênio na cidade de Mineiros, no interior do Estado.
Rodrigo Janot disse a interlocutores que pensa em não se aposentar quando deixar a procuradoria-geral da República. Se sair da instituição, perde a prerrogativa de foro.
Mesmo sem votos para aprovar a denúncia contra Michel Temer, a oposição mobilizou movimentos sociais para ocupar a frente do Congresso na quarta e fazer pressão.
Os petistas Gleisi Hoffmann, José Guimarães e Zeca Dirceu tiveram R$ 10 milhões cada em emendas empenhadas.
O vice-presidente da Câmara, Fábio Ramalho (PMDB), garante que a bancada de Minas está mobilizada para barrar o leilão da Cemig, previsto para ocorrer até o fim de setembro.
Uma das medidas pensadas pelo STF para cortar gastos é a de leiloar frota de 20 veículos que atendem servidores. Eles passariam a ser deslocados por uma empresa que deverá disponibilizar o serviço por meio de aplicativo.
Pronto, falei!
“Por que Dilma confiava tanto em Bendine? Alguém vai perguntar para ela?”, de Janaína Paschoal, advogada e professora, sobre a ex-presidente tê-lo indicado para comandar a Petrobrás numa crise da empresa. (AE)