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Brasil Procurador afirma que a Operação Lava-Jato está sendo sufocada

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Se o CNMP não afastar Dallagnol, alguém fará isso pelo órgão, afirmam integrantes do Supremo. (Foto: Reprodução)

O procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da Operação Lava-Jato em Curitiba, no Paraná, declarou que o ministro da Justiça, Torquato Jardim, tem responsabilidade direta na redução dos quadros da operação e, por isso, precisaria demonstrar apoio com mais do que apenas “palavras vazias”. Para Dallagnol, há um enfraquecimento dos trabalhos da força-tarefa diante de cortes orçamentários na Polícia Federal, que, diz ele, está “sem fôlego” para avançar nas investigações.

“Palavras sem atitude correspondente, ou até mesmo contrárias, são palavras vazias”, disse o procurador em entrevista ao jornal O Globo.

Torquato havia admitido que a redução no orçamento da PF (Polícia Federal) poderia afetar novas operações. Para Dallagnol, o ministro tem a responsabilidade de recompor os quadros. “A Lava-Jato está sendo sufocada. Ele [Torquato] tem poder e responsabilidade de recompor [os quadros]. As palavras dele são desmentidas pelos fatos”, afirmou Dallagnol.

O procurador apontou que a falta de pessoal atinge a PF, que hoje investiga “muito menos”. Lembrou que o fim do grupo de trabalho da PF exclusivo da Lava-Jato em Curitiba, em 6 de julho, é um dos sintomas do enfraquecimento. A polícia nega e tem dito que a medida teve caráter apenas administrativo.

“A PF está afundada na burocracia de inquéritos policiais, sem capacidade, sem fôlego para avançar nas investigações. Nas últimas sete fases, seis foram pedidas pelo MP. Se a polícia tivesse mantido o pessoal, teríamos pelo menos 12 fases: seis da PF e seis do MP.”

Ao se referir à votação da denúncia do presidente Michel Temer na Câmara dos Deputados na próxima quarta-feira, Dallagnol centrou fogo no governo do peemedebista e afirmou que acredita que o país não quer ter como representante máximo uma pessoa sobre a qual pesam fortes evidências de corrupção.

“A questão da votação no Congresso é diretamente relacionada à autoimagem do brasileiro. Nós queremos nos identificar como um povo representado pela corrupção? Acredito que a resposta é não. E o Congresso, se refletir a vontade popular, vai autorizar que Temer tenha sua responsabilidade avaliada pelo STF.”

Busca de proteção

Na avaliação de Dallagnol, o governo se movimenta para se proteger das investigações. Para ele, Temer busca se blindar no discurso de estabilidade econômica.

“Todos querem estabilidade, para que o país se recupere economicamente. Mas essa estabilidade que o governo vende está colocada sobre alicerces corroídos. O presidente cercou-se de diversas pessoas que, dia após dia, caíram em razão do envolvimento em corrupção. Ou até mesmo chegaram a ser presas, como é o caso do Geddel Vieira Lima [ex-ministro]”, declarou o procurador.

Em Brasília

O ministro da Justiça, Torquato Jardim, admitiu que os cortes orçamentários do governo poderão resultar no que chamou de “processo seletivo de ações”.

“Hoje, a Lava-Jato é maior em Brasília do que em Curitiba. São Paulo já está ficando maior do que Curitiba também. Então, é uma redistribuição de mão de obra, uma redistribuição de meios operacionais, que não significa em hipótese alguma diminuição de capacidade investigativa”, alegou o ministro.

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https://www.osul.com.br/procurador-afirma-que-operacao-lava-jato-esta-sendo-sufocada/ Procurador afirma que a Operação Lava-Jato está sendo sufocada 2017-07-29
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