Quinta-feira, 19 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 6 de setembro de 2017
O furacão de categoria 5 Irma – o mais poderoso a ser formar no oceano Atlântico na história – tocou o solo pela primeira vez na madrugada desta quarta-feira (6), nas ilhas do nordeste do Caribe. Segundo o Serviço Nacional de Meteorologia dos Estados Unidos, o Irma passou por Barbuda por volta das 2h (locais, 3h de Brasília) com ventos de até 295 km/h. Depois, o furacão atingiu as ilhas de Saint Barts e Saint Martin.
Ao menos seis mortes foram registradas na parte francesa da ilha de Saint Martin, uma em São Bartolomeu e outra em Barbuda. As autoridades pediram para que os moradores não saiam de casa “sob nenhuma circunstância” e que eles se preparem para quedas de energia e problemas no abastecimento de água. O furacão deveria atingir Porto Rico ainda na quarta, além do Haiti e outras ilhas do Caribe antes de chegar ao Estado da Flórida, nos EUA, no fim de semana.
A ilha francesa de Guadalupe, mais ao sul das Antilhas, não sofreu a destruição que se temia e o alerta vermelho de furacão foi suspenso. Mas segundo o serviço francês de meteorologia, Météo France, o Irma tem “uma intensidade sem precedentes”. O organismo advertiu que, com ventos que alcançam 295 km/h perto do centro e rajadas de até 360 km/h, o furacão “constitui um fenômeno extremamente perigoso”.
Nos EUA, moradores do sul da Flórida já preparam abrigos e compram comida e combustível na expectativa de uma ordem do governo para que deixem suas casas nos próximos dias. Na semana passada, a tempestade Harvey deixou ao menos 47 mortos nos EUA desde que chegou à costa leste, no dia 25 de agosto. Texas e Lousiana foram os Estados mais afetados.
ABRIGO
A França se disse preocupada com milhares de pessoas que se negaram a buscar refúgio antes da passagem do furacão Irma pelas ilhas de Saint Barts e Saint Martin. “A principal preocupação que temos é a de que [o furacão] afetará espaços muito densos de população, espaços nos quais as residências são, infelizmente, precárias e onde as pessoas se recusam a buscar proteção”, disse a ministra de Ultramar, Annick Girardin.
Segundo Annick, “os danos materiais já são significativos”. Ela relatou “telhados arrancados” e cortes nas comunicações entre Paris e as ilhas francesas das Antilhas. De acordo com uma fonte do ministério, quase 7.000 pessoas recusaram abrigos antes da chegada do furacão de categoria 5, a mais elevada na escala que mede o fenômeno, nas duas ilhas que estão em alerta máximo.
Já o papa Francisco deixou a Itália nesta quarta a caminho da Colômbia, e seu avião foi forçado a mudar de rota por causa do furacão Irma. A aeronave iria sobrevoar o território norte-americano de Porto Rico, mas se deslocará para o sul por causa do furacão. (Folhapress)