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Mundo 200 mil protestam em Barcelona contra a prisão de líderes separatistas

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Com velas, manifestantes marcham em avenida de Barcelona contra prisão de líderes separatistas. (Foto: Reprodução)

Cerca de 200 mil pessoas saíram às ruas para protestar contra a prisão de dois influentes líderes separatistas catalães nesta terça-feira em Barcelona, segundo a polícia municipal. O impasse ameaça intensificar a crise entre os independentistas da Catalunha e o governo central. Desde ontem, vinham sendo registrados panelaços e e manifestações em muitas casas depois que uma juíza da Audiência Nacional, corte especializada nos casos mais complexos, decretou prisão preventiva para Jordi Sánchez e Jordi Cuixart pelo crime de sedição, ligado a fatos ocorridos em marchas pró-separação de 20 de setembro.

Na segunda-feira, as duas organizações que lideram Sánchez e Cuixart — ANC e Òmnium — já haviam anunciado várias mobilizações: uma “paralisação de protesto” para esta terça-feira às 12h locais (08h de Brasília) e concentrações silenciosas às 19h (15h de Brasília) em frente a delegações do governo central em Barcelona e outras cidades. “A mobilização continua, não poderão prender todo um povo”, escreveu a Òminum no Twitter.

Os autos os apontam como os “principais promotores e diretores” de uma concentração multitudinária ante um edifício do governo catalão onde a Polícia espanhola fazia revistas para impedir o referendo de autodeterminação na Catalunha de 1º de outubro. Os manifestantes danificaram vários veículos policiais e dificultaram por horas a saída dos agentes. Sánchez, presidente da Assembleia Nacional da Catalunha (ANC), e Cuixart, da Òmnium Cultural, subiram em um veículo da Guarda Civil espanhola e convocaram a “mobilização permanente”.

“Que ninguém vá para casa, será uma noite longa e intensa”, clamou Sánchez, segundo os autos. Enquanto os líderes eram enviados para a prisão provisória após depor na Audiência Nacional na segunda-feira, outros dois acusados pelos fatos, o chefe da Polícia catalã, Josep Lluís Trapero, e uma subordinada foram postos em liberdade provisória. Trapero, que ficou conhecido por sua atuação como chefe das investigações dos atentados jihadistas na Catalunha em agosto, é acusado de sedição por supostamente não ter feito o necessário para impedir o referendo de 1º de outubro, proibido pela Justiça, no qual se apoiam os separatistas em sua luta pela independência da Espanha. O crime de sedição pode ser punido com até 10 anos de prisão no caso de cidadãos comuns e de 15 anos quando se trata de autoridades.

A Catalunha atravessa um período de forte instabilidade desde 1º de outubro, quando foi realizado um referendo para que a população votasse se deseja ou não se separar. A votação foi chamada de ilegal pelo governo central espanhol, que reprimiu violentamente a movimentação para as urnas. O resultado, segundo os independentistas, foi de 90% dos votos pelo divórcio.

Na semana passada, a Catalunha declarou a independência, mas com os seus efeitos suspensos, no que chamou de um ato simbólico. O documento firmado no Parlamento catalão pelo presidente regional, Carles Puigdemont, constitui uma “República catalã como Estado independente e soberano”, o que provocou grande confusão.

Mariano Rajoy respondeu com um requerimento para que esclarecesse formalmente se tinha declarado a independência e lhe deu prazo até a segunda-feira. Este é o primeiro passo para aplicar o Artigo 155 da Constituição, que permite ao governo central suspender a autonomia de uma região que desobedece à lei.Agora, enquanto Madri pressiona Barcelona a explicar a sua reação, os dois lados se veem num cabo de guerra e o desfecho da crise política ainda não está claro.

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