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Colunistas A Black Friday do jeitinho

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A propaganda enganosa prevalece na “black friday”. (Foto: Reprodução)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Eis mais um efeito que a globalização trouxe a nós brasileiros: a Black Friday, data tradicional do comércio americano que acontece há muitos anos após o dia de Ação de Graças. Na última sexta-feira de novembro, as lojas concedem descontos gigantescos em seus produtos, levando os consumidores à loucura e dando as boas-vindas às compras natalinas.

Nos Estados Unidos, veem-se famílias inteiras dormindo em portas de lojas para garantir as barganhas. Certamente esse dia agita o comércio, e há lojas que já inventaram inclusive o “Black November”, que concede descontos o mês inteiro; entretanto, a versão tupiniquim dessa promoção tem gerado algumas polêmicas.

Logo nas primeiras vezes em que o comércio brasileiro adotou essa campanha, foram incontáveis as farsas detectadas. Muitas lojas anunciavam prometendo conceder altos descontos em seus produtos no grande dia, e realmente concediam; porém, na noite anterior, subiam os preços em uma tentativa de chamar a atenção para as vendas, mas sem perder lucratividade.

Infelizmente o nosso Black Friday conseguiu uma má fama rapidinho, ficou taxado como o dia das propagandas enganosas. O site “Reclame aqui” está recheado de comprovações. O povo ficou ressabiado, e a data deixou de causar tanta expectativa.

Chegou ao ponto de o jornal Folha de São Paulo monitorar 6.875 itens por 15 dias neste ano, nas maiores lojas de eletrodomésticos brasileiras. Duas das maiores tiveram em média 12% de aumento artificial dos descontos, ou seja, no famoso “de tanto” “por tanto”, o valor inicial subia. Houve caso em que um celular estava “de R$ 863 por R$ 799” e, no outro dia, o mesmo aparelho estava exposto “de R$ 1.699 por R$ 972”. O desconto aumentou, mas, na prática, o celular ficou muito mais caro.

É claro que existem milhares de empresas honestas que veem nessas campanhas uma ótima oportunidade de crescimento, geração de empregos e fortalecimento do seu negócio, e isso é ótimo. Espera-se que neste ano o espírito da Black Friday funcione para valer, afinal, todos queremos e precisamos de uma reação positiva na economia, provocando uma animação em cadeia nos demais setores.

Theodora Cioccari – Engenheira e Associada do IEE

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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