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Por Redação O Sul | 5 de dezembro de 2017
A produção da indústria brasileira cresceu 5,3% em outubro em relação ao mesmo mês do ano passado. Essa foi a sexta alta seguida nessa base de comparação e a mais forte desde abril de 2013, quando chegou a 9,8%. Os números foram divulgados nesta terça-feira (05) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O setor de veículos automotores, reboques e carrocerias produziu 27,4% mais do que em 2016 e contribuiu com o resultado positivo da indústria em geral. Também cresceram as produções de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (22%) e das indústrias extrativas (3,1%), entre outros. Na contramão, caiu a produção de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis.
Já em relação a setembro, a atividade industrial subiu 0,2%, o segundo avanço consecutivo, de acordo com o IBGE. Nessa base de comparação, aumentaram as produções de farmoquímicos e farmacêuticos (20,3%) e de bebidas (4,8%), seguidas por vestuário e acessórios (4,3%).
Outras contribuições positivas relevantes vieram de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (22,0%), de indústrias extrativas (3,1%), de máquinas e equipamentos (8,3%), de metalurgia (6,5%), de produtos de borracha e de material plástico (9,9%), de bebidas (8,3%), de artigos do vestuário e acessórios (11,8%), de outros produtos químicos (4,0%), de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (16,9%), de móveis (17,8%), de produtos têxteis (7,9%) e de produtos de madeira (8,6%).
Por outro lado, ainda na comparação com outubro de 2016, entre as quatro atividades que apontaram redução na produção, a principal influência no total da indústria foi registrada por coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,5%). Ainda no confronto com outubro de 2016, bens de consumo duráveis (17,6%) e bens de capital (14,9%) assinalaram, em outubro de 2017, os avanços mais acentuados entre as grandes categorias econômicas. Os segmentos de bens de consumo semi e não-duráveis (4,9%) e de bens intermediários (3,1%) também mostraram taxas positivas nesse mês, mas ambos com crescimento abaixo da magnitude observada na média nacional (5,3%).
O segmento de bens de consumo duráveis mostrou avanço de 17,6% em outubro de 2017, décima segunda taxa positiva consecutiva e ligeiramente mais elevada do que a observada em setembro (16,2%). Nesse mês, o setor foi particularmente impulsionado pelo crescimento na fabricação de automóveis (23,7%) e de eletrodomésticos da “linha marrom” (19,7%). Vale citar também as expansões assinaladas por eletrodomésticos da “linha branca” (5,9%), móveis (11,5%), outros eletrodomésticos (6,6%) e motocicletas (10,2%).
O setor de bens de capital mostrou crescimento de 14,9% no índice mensal de outubro de 2017, sexto resultado positivo consecutivo nesse tipo de comparação e o mais intenso desde dezembro de 2016 (16,3%). Na formação do índice, o segmento foi influenciado, em grande parte, pelo avanço observado no grupamento equipamentos de transporte (25,8%).
As demais taxas positivas foram registradas por bens de capital para construção (64,9%), para uso misto (25,1%), para fins industriais (6,9%) e para energia elétrica (5,2%). Por outro lado, o único impacto negativo foi no grupamento de bens de capital agrícola (-15,1%).
Ainda no confronto com igual mês do ano anterior, o segmento de bens de consumo semi e não-duráveis apontou crescimento de 4,9% em outubro de 2017, avanço mais acentuado desde fevereiro de 2014 (7,1%). O desempenho foi explicado, em grande parte, pela expansão observada nos grupamentos de alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (5,8%) e de semiduráveis (8,9%). Os subsetores de carburantes (2,2%) e de não-duráveis (1,1%) também assinalaram resultados positivos nesse mês.