Segunda-feira, 24 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 9 de dezembro de 2017
Com uma alta acumulada de quase 15% no ano, até novembro, o gás de cozinha tem pesado no bolso do brasileiro. Só no mês passado, de acordo com a inflação oficial medida pelo IPCA, divulgada pelo IBGE na sexta-feira, o preço do botijão aumentou 1,57%, em relação a outubro. Alta de novembro é mais da metade da variação registrada em todo 2016, quando o produto ficou 2,1% mais caro no País. O gasto com o botijão corresponde a 1,3% da despesa total das famílias brasileiras.
O preço do gás de cozinha compromete o orçamento de 67% das pessoas com mais de 16 anos, conforme pesquisa do Datafolha, divulgada na sexta-feira. O aumento tem impacto principalmente nos mais pobres, e a sensação da maioria é de que o preço aumentou muito nos últimos seis meses.
De junho para cá, o preço do gás de cozinha ficou 68% mais caro com reajustes vinculados ao preço do gás no mercado internacional.
Esses aumentos aconteceram porque o preço do gás de cozinha no Brasil é baseado no mercado internacional, e como os preços lá fora estão oscilando muito, a variação chega até as cozinhas brasileiras.
Na última quinta-feira a Petrobras anunciou que vai revisar a metodologia usada para os reajustes do GLP de uso residencial, comercializado em botijões de 13 kg. Desde junho, a política de preços sofreu alterações, e a alta acumulada no gás de botijão chega a quase 70% nas refinarias.
Agora, o Grupo Executivo de Mercado de Preços (GEMP) reuniu-se para avaliar os resultados e concluiu que a correção aplicada esta semana foi a última realizada com base na regra vigente. O objetivo da revisão, segundo a estatal, é buscar uma metodologia que suavize os impactos causados pela volatilidade do mercado internacional para os preços domésticos.