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Notícias O Palácio do Planalto endossa e até estimula a movimentação do ministro da Fazenda para viabilizar a sua candidatura presidencial

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Henrique Meirelles não causa prejuízo ao MDB, pelo contrário, é um candidato muito rico. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O Palácio do Planalto endossa e até estimula a movimentação do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, para viabilizar sua candidatura presidencial. Não se descarta, inclusive, uma postulação pelo MDB. Entretanto, o governo busca uma “saída honrosa” para o fiador da política econômica, caso ele não se torne competitivo até abril.

Meirelles disse que vai avaliar até que ponto há condições “políticas e eleitorais” para se candidatar, e ressaltou que a escolha também depende de uma “disposição pessoal”. O presidente Michel Temer declarou em entrevista ao jornal Estado de S.Paulo que Meirelles seria “um grande presidente”, mas ponderou que “é muito melhor que fique na Fazenda”.

Conforme o jornal Valor Econômico, um interlocutor de Temer observa que o presidente não teve a intenção de enterrar a candidatura do ministro. Ao contrário, o governo vê com simpatia a postulação do ministro, que tem realizações a mostrar. Mas se a candidatura não decolar, uma alternativa para Meirelles seria argumentar que Temer fez um apelo para que ele não deixasse o cargo num momento em que os resultados começam a se concretizar, como a inflação abaixo do piso, o que não ocorria há uma década.

Meirelles corre contra o tempo para se tornar mais conhecido. A última pesquisa do Datafolha, divulgada no início de outubro, mostra o ministro com 2% das intenções de votos, atrás do senador Álvaro Dias (PR), do Podemos, com 4%. Meirelles não tem desempenho melhor nem nos cenários sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Temer sugeriu que Meirelles pode ser candidato pelo MDB. Disse que o cenário eleitoral ainda está confuso, que falta definir inclusive se o seu partido terá candidato próprio, que pode ser “alguém que migre de outra sigla”.

Filiado ao PSD, Meirelles enfrenta resistência interna, porque o presidente da legenda, o ministro de Ciência, Tecnologia e Comunicações, Gilberto Kassab, já deu sinais de que prefere uma aliança com o PSDB do governador Geraldo Alckmin. Se Meirelles tiver sucesso na empreitada e desincompatibilizar-se do Ministério da Fazenda, em abril, o Planalto não prevê nenhum “desvio”na transição no comando da pasta.

O sucessor de Meirelles não está definido. Uma opção natural é manter o secretário-executivo Eduardo Guardia no comando da política econômica, mas não se descarta outro nome, desde que mantenha a mesma linha de ação.

Guardia evita o tema da sucessão. A interlocutores, despista o assunto com humor, brincando que a “fazenda” que administra no momento é uma propriedade sua onde cria gado. Braço direito de Meirelles, Guardia tem passagens pelo setor público e privado e foi escolhido como secretário-executivo logo no começo da gestão, em substituição a Tarcísio Godoy, que ficou apenas três semanas. Ele foi diretor-executivo de produtos da BM&F Bovespa, onde também foi diretor-executivo financeiro. Foi secretário do Tesouro Nacional durante o governo Fernando Henrique Cardoso, e secretário da Fazenda de São Paulo.

Meirelles baixou o tom em uma entrevista à Rádio Bandeirantes sobre uma eventual vantagem ao angariar votos no processo eleitoral por ter um perfil mais técnico. “Isso é o que tenho que avaliar até abril, para ver até que ponto existe uma disposição inclusive pessoal, e até que ponto as condições políticas e eleitorais estarão favoráveis”.

Mesmo assim, ele indicou que sua percepção atual é otimista. “Hoje, nos debates que tenho participado como ministro da Fazenda, o retorno tem sido extremamente positivo. Exatamente porque estamos fazendo trabalho que tem gerado resultado. E como diria um escritor brasileiro já falecido [Nelson Rodrigues], nada mais brutal do que o fato”, afirmou.

Meirelles voltou a dizer que vai decidir sobre uma eventual candidatura até o início de abril e que, enquanto isso, vai direcionar seu foco ao Ministério da Fazenda. “O que não gosto é de gastar tempo pensando numa situação que pode até prejudicar meu trabalho hoje”, disse.

“Importante é que Brasil tem que crescer cada vez mais e melhor e com emprego sendo criado. Tenho que assegurar que isso continue acontecendo. O resto, a realidade vai dizer”, concluiu.

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