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Brasil Após a condenação de Lula, o dólar fechou em 3 reais e 16 centavos

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Dólar fechou em queda de 2,43%. (Foto: Marcos Santos/USP Imagens)

A condenação do ex-presidente Lula em 2ª instância nesta quarta-feira (24) em decisão unânime fez com que o dólar comercial registrasse sua maior queda em oito meses e com que a Bolsa batesse novo recorde, ultrapassando os 83 mil pontos pela primeira vez. O placar final de 3 a 0, sem divergências de pena, era o preferido do mercado financeiro, em geral crítico à plataforma econômica defendida por Lula e, logo, contrário a uma eventual candidatura do petista. As informações são do jornal O Globo.

A moeda americana fechou em queda de 2,43%, a 3,160 reais para venda, maior desvalorização percentual desde 19 de maio. Na mínima da sessão, chegou a valer R$ 3,153. No mercado acionário, o índice de referência da Bolsa paulista, o Ibovespa, saltou 3,72%, aos 83.680 pontos. Com a valorização do real e o salto da Bolsa local, os recibos de ações de empresas brasileiras dispararam em Nova York. A ADR da Petrobras chegou a subir mais de 10%. Com isso, os ativos brasileiros foram os que proporcionaram os ganhos mais intensos no mercado global nesta quarta-feira.

O TRF4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) condenou por unanimidade o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por corrupção e lavagem de dinheiro. Os desembargadores João Pedro Gebran Neto, relator do processo; Leandro Paulsen, revisor; e Victor Luiz dos Santos Laus mantiveram a condenação em primeira instância, proferida pelo juiz Sérgio Moro, mas decidiram aumentar a pena para 12 anos e 1 mês em regime fechado. Também foram condenados o empreiteiro Léo Pinheiro e o ex-executivo da OAS Agenor Franklin.

Os investidores operaram atentos ao tribunal de Porto Alegre e também foram ajudados por uma conjuntura exterior benigna com mercados emergentes. O mercado financeiro apostava na condenação de Lula, o que pode levar à sua inelegibilidade. Bancos e corretoras veem com maus olhos eventual eleição de Lula porque acreditam que isso levaria a mudanças na agenda econômica do governo.

Na avaliação de Juliano Ferreira, estrategista da BGC Liquidez, logo pela manhã, animou os investidores a velocidade com que o julgamento começou. “O mercado se surpreendeu pelo ritmo acelerado, e todo mundo avaliou que aumentaram as chances de uma condenação unânime. Depois, viu-se que o voto do relator se estendeu por mais tempo, mas ele acabou se mostrando contundente”, afirmou.

“O dólar está perdendo valor lá fora contra outras moedas, mas é claro que o mercado hoje opera completamente com base no julgamento do Lula. Pela manhã, o dólar afundou mais e a Bolsa ganhou mais fôlego. Na minha opinião, isso é provocado por investidores que começam a acreditar mais na possibilidade de uma condenação por 3 a 0. É o começo desse movimento. Pelo que o relator falou, ele indicou nitidamente que seu voto será pela condenação”, afirmou Paulo Petrassi, da Leme Investimentos.

Hersz Ferman, analista da Elite Corretora, observou que, após abrir em alta, o índice Ibovespa manteve o mesmo patamar de valorização durante a apresentação da defesa do ex-presidente. Isso ocorreu entre 10h10m e 10h40m, período no qual a Bolsa ficou praticamente estacionada no patamar de 81.600 pontos (alta de 1,15%).

“O advogado de Lula fez uma série de acusações contra o juiz Sérgio Moro. Só que o relator, que o sucedeu, rebateu todas essas questões. O voto do relator pareceu ser bastante negativo para o Lula. Embora o mercado esteja em um dia bastante volátil, com muita especulação, entendo que isso acabou gerando algum viés positivo para os ativos brasileiros”, disse Ferman.

No começo de seu voto, o desembargador João Pedro Gebran Neto rebateu ponto a ponto as críticas da defesa de Lula a Moro, acusado pelos advogados do petista de ser parcial.

As ações do Ibovespa subiram em conjunto, com apenas quatro dos 64 papéis que integram o índice registrando desvalorização. O principal destaque da Bolsa foram as ações da Eletrobras, cujo papel preferencial disparou 9,69% (R$ 22,65), repercutindo as consequências do julgamento de Lula para o futuro da estatal e as declarações do presidente da estatal em Davos, no Fórum Econômico Mundial. Wilson Ferreira Júnior afirmou que as eleições não vão atrapalhar a privatização da empresa. As ações da Petrobras também subiram com força, com o papel preferencial avançando 5,74%, por R$ 19,34. Na Vale, a alta foi de 2,23%, a R$ 41,78.

Entre as raras quedas, os maiores destaques foram Fibria e Suzano, empresas do ramo de celulose que são prejudicadas pela desvalorização do dólar pois são majoritariamente exportadoras. Elas caíram, respectivamente, 3,43% e 2,32%. La fora, o índice Bloomberg Dollar Spot, que mede a força do dólar frente a uma cesta de dez moedas, cede 0,67%, depois de o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, dizer que a desvalorização da divisa favorece o comércio exterior dos EUA.

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https://www.osul.com.br/apos-condenacao-de-lula-o-dolar-fechou-em-316-reais/ Após a condenação de Lula, o dólar fechou em 3 reais e 16 centavos 2018-01-24
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