Terça-feira, 06 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 8 de fevereiro de 2018
A última sondagem do Datafolha, feita entre 29 e 30 de janeiro, 1 de cada 3 brasileiros (32%) pretende anular o voto para presidente nas próximas eleições – o que ocorre em um cenário sem os nomes de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Marina Silva (Rede) na disputa. É o maior percentual já registrado pelo instituto de pesquisa no começo do ano eleitoral.
Antes disso, o percentual mais alto de brancos e nulos em pesquisas havia aparecido nas eleições 2014, com Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSC) – 19%.
Por trás desse recorde, estão diversas razões para o voto nulo. O senhor Eurico se decepcionou com a política e acredita que os políticos são corruptos. Dona Elizangela vai anular o voto se Lula não puder concorrer devido à condenação em segunda instância por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, que pode enquadrá-lo na Lei da Ficha Limpa. E a senhora Sabrina não vota em ninguém a não ser Marina Silva. Esses são os três principais perfis de voto nulo registrado na pesquisa do Datafolha.
Segundo o Datafolha, um em cada dez eleitores brasileiros anularia o voto caso Lula não seja candidato. A diarista Elizangela Ferreira, de 45 anos, é um deles. “Não tenho por que votar em outro candidato além de Lula”, diz.
Moradora de Beberibe, periferia de Recife, ela está desempregada e vive de diárias esporádicas de faxina. Recebe R$ 132 mensais do Bolsa Família. Nunca foi de nenhum partido.
O Datafolha perguntou qual a intenção de voto dos eleitores em diferentes cenários, variando quem são os candidatos na disputa. Com Lula, o percentual de pessoas que disseram votar branco ou nulo é de 14%. Já sem o petista, e com os mesmos demais candidatos, a intenção de voto branco ou nulo sobe para 24% – um aumento de 10 pontos percentuais.
Os órfãos da candidatura de Lula são justamente como Elizangela: a maior parte é mulher, com 45 anos ou mais, baixa escolaridade e baixa renda, de acordo com a sondagem eleitoral. E, sobretudo, do Nordeste. Na região de origem do ex-presidente Lula, o percentual de eleitores que votaria branco ou nulo sobe de 12% para 31% quando o nome do petista não é incluído – crescimento de 19 pontos percentuais.
“Acho o Lula maravilhoso. O que ele fez, se foi condenado ou não, nada disso vai mudar o que acho dele, eu sempre vou apoiá-lo”, fala Elizangela.
A diarista diz que sua vida melhorou durante os governos petistas. Antes, morava em uma casa que tinha apenas sua cama, um berço e uma caixa de papelão onde guardava as roupas. “Eu não tinha nada.” Depois, sob Lula, conseguiu certa estabilidade econômica que lhe permitiu financiar a compra de bens de consumo. “Existem o pobre e o miserável. Eu sou pobre, mas tenho minhas coisinhas, uma TV, máquina de lavar, fogão”, conta.
Mulheres nordestinas são um dos bastiões de Lula
Segundo o Datafolha, um em cada dez eleitores brasileiros anularia o voto caso Lula não seja candidato. A diarista Elizangela Ferreira, de 45 anos, é um deles. “Não tenho por que votar em outro candidato além de Lula”, diz.
Moradora de Beberibe, periferia de Recife, ela está desempregada e vive de diárias esporádicas de faxina. Recebe R$ 132 mensais do Bolsa Família. Nunca foi de nenhum partido.
O Datafolha perguntou qual a intenção de voto dos eleitores em diferentes cenários, variando quem são os candidatos na disputa. Com Lula, o percentual de pessoas que disseram votar branco ou nulo é de 14%. Já sem o petista, e com os mesmos demais candidatos, a intenção de voto branco ou nulo sobe para 24% – um aumento de 10 pontos percentuais.