Sexta-feira, 09 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 21 de fevereiro de 2018
O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou nesta quarta-feira (21) que o governo ainda não tem o nome para ocupar o ministério da Segurança, que será criado pelo presidente Michel Temer, mas disse acreditar que a definição pode acontecer ainda esta semana, segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo.
Trabalho
Sem acordo entre a bancada do PTB e o presidente do partido, Roberto Jefferson, o presidente Michel Temer pediu que se adiasse a indicação de um novo nome para o Ministério do Trabalho para o final de março, quando o governo trocará todos os ministros que decidirem ser candidatos nas eleições de outubro, disse à agência de notícias Reuters uma alta fonte palaciana.
Até lá, se mantém no cargo o atual secretário-executivo, Helton Yomura, como ministro interino. Na terça-feira, o PTB anunciou que estava retirando a indicação da deputada Cristiane Brasil (RJ), filha de Jefferson, para o cargo. Na manhã desta quarta-feira, essa decisão foi informada oficialmente ao governo.
“Diante da situação, o presidente Temer pediu então a gentileza de que se esperasse até o final de março, início de abril, quando todos os ministros precisassem se desincompatibilizar, e as trocas fossem feitas todas juntas. Eles concordaram”, disse a fonte.
A decisão de adiar a indicação foi tomada em reunião entre o líder da bancada, Jovair Arantes (GO), Jefferson e Temer.
Depois de ver a filha ser impedida de assumir o ministério, o presidente do PTB disse à Reuters que preferia ver Yomura ser efetivado no cargo, por já ter sido testado na posição.
No entanto, a bancada do PTB na Câmara – que seria a “dona” da vaga – não concorda com sua indicação. De acordo com uma fonte com conhecimento do assunto, os deputados querem um deputado ou ex-deputado para a vaga. Um nome ventilado foi o do deputado Jorge Corte Leal (PE), ex-presidente da Federação das Indústrias de Pernambuco.
A indicação de Cristiane foi alvo de intensa polêmica desde que a Justiça barrou sua posse sob a alegação de que ela não tinha condições de assumir o cargo por ter sido condenada em processo trabalhista.
O caso se arrastava desde o início de janeiro, quando o próprio Temer aceitou a escolha dela, em substituição ao também petebista Ronaldo Nogueira (RS), que deixou o cargo para tentar à reeleição para a Câmara dos Deputados.
Antes de Cristiane, o PTB havia indicado o deputado Pedro Fernandes (MA) para o cargo, mas a proximidade do parlamentar com o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) – opositor ferrenho do governo de Michel Temer e adversário do ex-presidente José Sarney – fez com que seu nome fosse vetado.