Sexta-feira, 21 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 15 de julho de 2015
Astro de “E o Vento Levou” (1939), Clark Gable foi acusado pela família de Loretta Young, outra estrela do cinema da época, de ter abusado sexualmente a atriz durante a gravação do primeiro filme que fizeram juntos – “O Grito da Selva” (1935).
Linda Lewis, nora de Loretta Young, contou em entrevista à escritora Anne Helen Petersen, publicada no Buzzfeed, que a atriz só falou sobre o tema aos 85 anos de idade, quando, ao ver um programa de TV sobre abusos sexuais, pediu explicações à nora sobre o que significava o termo “date rape”, estupro cometido por um conhecido da vítima. Após a descrição, ela teria afirmado: “Isso é o que aconteceu entre eu e Clark”.
Segundo Linda, a atriz então contou que Judy foi concebida depois que Gable, casado na época, entrou no compartimento de trem em que ela estava durante uma viagem e forçou a relação sexual. Fortemente católica, Loretta Young culpou a si mesma por permitir os avanços de Gable e nunca trouxe o caso a público.
Ela passou a gravidez retirada na Europa e, após o nascimento de Judy, deixou-a passar por alguns orfanatos antes de adotá-la oficialmente, 19 meses depois. A atriz negou por décadas os rumores de que sua filha tivesse sido gerada em um caso extra-conjugal com Gable e só admitiu que o ator era realmente o pai da garota em um livro de memórias, publicado apenas após sua morte, em 2000, aos 87 anos.
A família só considerou trazer a história a público após a morte de Judy, em 2011. Judy, que só soube que Clark Gable era seu pai após a morte do ator, em 1960, morreu sem conhecer as circunstâncias de seu nascimento. Gable, que voltou a trabalhar com Lorette Young em “Mulher, A Quanto Obrigas” (1950), nunca reconheceu a paternidade de Judy. (Folhapress)