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Brasil Filme e série sobre a Operação Lava-Jato não devem ser vistos como relatos históricos, disse o juiz Sérgio Moro

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"O que ambos revelam é que a corrupção é um problema muito grave entre nós", declarou o magistrado. (Foto: Divulgação)

O juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Lava-Jato na primeira instância, afirmou, em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, na noite de segunda-feira (26), que a série “O Mecanismo”, de José Padilha, e o filme “Polícia Federal – A Lei é Para Todos”, inspirados na operação, não devem ser vistos como relatos históricos, mas que podem servir para informar o público sobre a corrupção existente no País.

“O que ambos revelam é que a corrupção é um problema muito grave entre nós e que, por outro lado, há uma dificuldade institucional do enfrentamento desse problema. Se essa série e esse filme servirem para chamar atenção das pessoas para esses problemas, acho que já fazem um importante papel”, declarou Moro.

O juiz disse que não é um crítico qualificado e que tem o gosto provavelmente mais rasteiro, mas que vê qualidade nos dois produtos, ainda que reconheça em ambos uma série de liberdades criativas. “Nem a série nem o filme retratam propriamente a realidade exatamente como aconteceu”, afirmou.

Apesar disso, o magistrado também disse que identifica cenas que conferem com a realidade da Operação Lava-Jato. “Há situações retratadas tanto no filme como na série que conferem com aquilo que apareceu na realidade. Acho que essas produções culturais têm o valor talvez nem tanto com o objetivo de reconstrução histórica, porque os fatos estão acontecendo agora. É muito difícil fazer uma obra fiel aos fatos como aconteceram, mas são importantes para informar”, disse.

Moro ponderou ainda que “não dá pra ficar se preocupando somente com essas questões de detalhes, se confere ou não confere”. Na segunda-feira, a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou que a Netflix está sendo usada para fazer campanha política ao disponibilizar a série “O Mecanismo”. Ao longo do fim de semana, simpatizantes de esquerda disseram ter cancelado suas assinaturas do serviço por causa da produção.

Protesto

Moro foi alvo de um protesto de manifestantes favoráveis ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em frente à sede da TV Cultura, em São Paulo, onde o magistrado concedeu a entrevista. Cerca de 20 manifestantes criticaram o magistrado, acusando-o de ser tendencioso nas decisões da Lava-Jato. O grupo levou faixas com os dizeres “Moro, juiz parcial” e “Aqui tem Lula, aqui tem Luta”.

Na Operação Lava-Jato, Moro foi o responsável por condenar o ex-presidente Lula pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no processo referente ao triplex em Guarujá. A pena aplicada por Moro, de nove anos e seis meses, foi aumentada na segunda instância, para 12 anos e um mês.

Outros dois processos também devem ser julgados pelo magistrado ainda neste ano: a aquisição, pela Odebrecht, de um terreno que serviria de sede para o Instituto Lula, e as reformas realizadas em um sítio em Atibaia. O petista nega todas as acusações.

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